A morte do motard Hugo Jacob, do Tramagal, ocorrida no encontro anual do grupo motard Templários em 2017, em Tomar, vai a julgamento no dia 5 de junho no tribunal desta cidade.
O autor da agressão, Hugo Alhadas, motorista do Louriçal, é acusado pelo Ministério Público do crime de “ofensa à integridade física simples, agravado pelo motivo da morte”.
O caso remonta a 10 de junho de 2017 durante o encontro de motards organizado anualmente pelo grupo Templários na antiga escola primária do Coito, em Tomar.
Visivelmente embriagado, Hugo Jacob, de 39 anos, numa altura em que a festa estava animada, foi agredido pelo arguido depois de, alegadamente, ter entornado cerveja para cima de outras pessoas e apalpado várias mulheres. Com um único soco, a vítima caiu desamparada e morreu.
Um ano depois, o caso chega a tribunal mas com versões contraditórias sobre aquilo que aconteceu. O que está em causa é avaliar até que ponto a agressão foi a causa direta da morte, dúvida que a autópsia não esclarece de forma explícita.
Os pais de Hugo Jacob, representados pelo advogado Santana-Maia Leonardo, de Abrantes, apresentam um pedido de indemnização civil de 140 mil euros. Negam que a vítima tenha apalpado mulheres ou que tenha ameaçado o arguido. Argumentam ainda que o soco foi desferido contra um ponto vital na zona lateral do pescoço.
O arguido diz que não atuou de forma ilícita nem culposa e que agiu em legítima defesa, depois de a vítima ter ameaçado ir buscar uma faca de presunto, limitando-se a colocar a mão na cara de Hugo Jacob para impedir o seu avanço. Nessa altura a vítima terá tropeçado e caído desamparado no chão ficando com convulsões.
Hugo Jacob era sócio e dirigente do clube motard “Os Últimos do Ribatejo”, do Sardoal.
