O espaço da antiga moagem ‘A Portuguesa’ ganhou nova vida a 16 de junho, com a inauguração do projeto “Fábrica das Artes”. A moagem ganhou assim um novo aproveitamento para promover as artes e ofícios tradicionais de Tomar.
O projeto que agora abre portas ao público (de forma experimental) engloba diferentes vertentes. Por um lado, promove a reabilitação e valorização patrimonial, enquanto o processo de musealização da antiga fábrica é aguardado, permitindo assim que o espaço conheça uma nova dinâmica baseada na criatividade, através da instalação de oficinas e ateliers criativos, cuja programação e curadoria ficará a cargo do Município.
Segundo a vereadora da Câmara de Tomar, Filipa Fernandes, com o pelouro da Cultura, “numa primeira fase será dado realce ao saber-fazer da Festa dos Tabuleiros, com todos os artesãos presentes dedicados à latoaria, cestaria, olaria, confeção de rodilhas, de flores. Esta mostra decorrerá no rés-do-chão”.
Já nos três primeiros pisos do edifício terão lugar “oficinas criativas, com artistas tomarenses, que ali desenvolverão atividade com o seu atelier, dinamizando artes criativas”.
No último piso decorrerão “oficinas criativas em registo de residências artísticas, contando com artistas de fora do concelho que vêm a Tomar apresentar os seus trabalhos, durante um período de tempo limitado”, e que também serão alusivos a estas saberes, artes e ofícios.

O edifício da Moagem A Portuguesa data de 1912 e é parte integrante do Complexo Cultural da Levada de Tomar, um conjunto arquitetónico de relevância edificado junto e sobre o rio Nabão e que conta a história deste equipamento industrial desde o séc. XII até ao séc. XX.
A transformação da fábrica da Moagem em unidade museológica será uma realidade, em breve, mas enquanto este processo não avança, os cinco pisos que constituem este espaço vão ser ocupados com o projeto “A Moagem – Fábrica das Artes”, cuja relevância cultural e patrimonial se assinala.