Filipa Fernandes (PS), vereadora da Câmara Municipal de Tomar, recordou na última reunião do executivo todo o processo, que começou em 2018, para que a Festa dos Tabuleiros fosse declarada Património Cultural Imaterial, o primeiro passo para o objetivo maior: o de Património da Humanidade.
O município celebrou um protocolo com o Instituto de História Contemporânea, para que este pudesse auxiliar naquilo que era a inventariação do secular evento e em todo o complexo processo de candidatura.
“Foi através desse protocolo que surgiu no nosso território o antropólogo André Camponês, que ao abrigo desse protocolo esteve no terreno a fazer todo o processo de investigação, quer de observação participante, observação direta, quer de investigação dos processos históricos”, explicou a vereadora.
“Na altura, o município também decidiu nomear um comité de acompanhamento, três pessoas que impulsionaram também o contacto do André Camponês com todo o território e, com todas as nossas gentes, que foi o João Vital, a ex-mordomo Maria João Morais e o professor Carlos Trincão”, enalteceu, ressalvando também a importância do trabalho fotográfico e de vídeo da empresa tomarense Next Solution, que auxiliou a candidatura.
Filipa Fernandes fez saber que o município não quer que o caminho fique por aqui. “Caminharemos para aquilo que é o desejável, que é o Património da Humanidade”, notou, clarificando que “esse processo não pode ser feito sem antes termos esta classificação no nosso território. Só é classificado como Património da Humanidade, aquilo que é primeiro classificado como Património Nacional. Esta festa não é só dos tomarenses, mas de todos os portugueses”, frisou.
A 21 de julho de 2020 foi iniciado o processo por parte do município para com a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), e desde então foram realizadas diversas reuniões de melhorias e sínteses daquilo que era o grande processo.
“Por parte da DGPC sempre nos foi dito que a Festa dos Tabuleiros foi o processo, não um processo, que tiveram com maior impacto naquilo que foi a classificação. Cada segmento da festa é também uma festa, foi algo que transcendeu as suas classificações”.
Lurdes Fernandes (PSD) enalteceu também o feito, e afirmou que tudo isto foi possível pelo trabalho empenhado de todos os tomarenses. “De facto os desafios foram muitos, mas o povo tomarense tem sabido dar o seu melhor a bem da festa e a bem das nossas tradições. A festa de 2019 foi a base para esta distinção, porque havia esse empenhamento, e sabíamos que estávamos todos a ser escrutinados e as juntas de freguesia e todos os participantes, comissões, deram o seu melhor.”
“Queremos que a nossa festa possa ser Património da Humanidade e também deixar o desejo que a nossa festa, que vai ter os dias maiores em julho e, que vai começar logo com o cortejo dos rapazes, que seja este ano também uma festa de união para todo o povo tomarense, que seja de facto um resultar de todo o trabalho de várias décadas”, concluiu Lurdes Fernandes.
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