A Barragem do Carril, em Tomar, essencialmente utilizada para fins de rega, poderá vir a ter uma função recreativa com atividades ligadas à motonáutica. A informação foi avançada em reunião de executivo pela presidente da Câmara de Tomar, Anabela Freitas (PS), em resposta a um pedido de esclarecimento da vereadora Lurdes Fernandes (PSD).
Durante a última reunião do executivo tomarense, que decorreu a 4 de setembro, a vereadora do PSD, Lurdes Fernandes, questionou Anabela Freitas, presidente da Câmara de Tomar, sobre a situação da Barragem do Carril. A autarca explicou que esta poderá vir a ter uma “função recreativa” e defendeu que o município deve fazer parte do modelo de gestão da mesma.
“Aquilo que foi colocado em cima da mesa é a Barragem do Carril ter uma função recreativa. A reunião ocorreu entre o município, a DRAPLVT e a Federação Portuguesa de Motonáutica para que se possa aproveitar aquele recurso não só para rega, mas também para atividades de motonáutica”, anunciou a edil.
Anabela Freitas fez ainda saber que a avaliação desta possibilidade “estava prevista para o mês de setembro”, entre a DRAPLVT e Federação Portuguesa de Motonáutica a fim de apurar se esta utilização poderá ou não ser realizada.
“Vão iniciar obras agora em setembro, de estabilização da parede da barragem (…). Na altura em que nos reunimos a obra já estava consignada. Mantém-se o interesse de alguns privados com os quais ainda não reunimos, de fazer a gestão, porque também temos de arranjar um modelo de gestão da barragem”, disse.

Para a responsável autárquica, o município “deve” fazer parte do modelo de governança, embora não deva ser o único responsável. “Deve haver uma parceria público-privada para a sua gestão e existe o interesse da Federação Portuguesa de Motonáutica com atividades recreativas”, concluiu.
ÁUDIO | Anabela Freitas, presidente da Câmara Municipal de Tomar
A Barragem do Carril engloba cerca de 958 prédios rústicos, com predomínio do minifúndio e mais de 600 proprietários em aproximadamente 550 explorações agrícolas.
A Portaria n.º 215/2022, de 29 de agosto, que reclassifica esta infraestrutura, sublinha a “importância socioeconómica da obra, salientando-se, designadamente: o interesse de âmbito local da obra, com uma área beneficiada não muito extensa e com impacte económico e social a refletir-se sobretudo ao nível do município; o elevado impacto coletivo decorrente da mais-valia associada à disponibilidade de água para rega e do potencial de utilização associado à albufeira”.
