Tendo em conta que o trabalho técnico de diagnóstico foi “demorado” por “várias vicissitudes, na sua maioria relacionadas com a pandemia”, o processo de revisão de Carta Educativa do Município de Tomar iniciado em 2020 foi-se prolongando no tempo.
Com o período de fim de mandato em 2021, “durante o qual não faria sentido prosseguir com a discussão do documento”, o processo foi de novo adiado, pelo que “chegados a 2022 entendemos que a maioria dos dados estava já desatualizada, até porque entretanto foram disponibilizados os resultados relativos aos Censos 2021, pelo que no ano transato e particularmente desde o início do novo ano letivo, encontramo-nos a trabalhar nessa atualização de diagnóstico, muito junto da comunidade escolar”, explica-se em informação municipal.
Para tal, a autarquia disponibilizou um novo questionário online para, junto da comunidade, poder recolher novos contributos. O questionário está disponível AQUI.
Em comunicado enviado ao nosso jornal a Comissão Concelhia do PCP de Tomar manifestou a sua “imensa preocupação sobre os sucessivos adiamentos da apresentação do projeto da Carta Educativa (CE), a sua discussão e a sua aprovação”, apreensão já entretanto exposta também na Assembleia Municipal de Tomar de 16 de dezembro.
“A falta deste documento estratégico está a permitir que a Câmara Municipal tome medidas avulso, desarticuladas, respondendo apenas a impulsos de circunstância que virão a condicionar a elaboração da própria CE”, aponta a comissão política do PCP.
Na informação enviada ao nosso jornal é ainda exposto que no dia 6 de janeiro, na reunião da Comissão Permanente da Assembleia Municipal de Tomar, a CDU formalizou a sua proposta de ser marcada uma reunião da Comissão de Educação, com caráter urgente, para audição de Anabela Freitas, presidente da Câmara Municipal de Tomar, sobre a Carta Educativa e a Escola Profissional de Tomar.
A integração da Escola Profissional de Tomar na referida audição surge tendo em conta “as dificuldades
financeiras da Escola Profissional de Tomar (EPT) que tem a participação do Município em 50% do seu capital”, diz o PCP de Tomar, conforme “foi dado conhecimento público” na reunião de 26 de dezembro, reunião camarária na qual “foi aprovado pelo Município isentar a EPT da renda paga pelas instalações da Casa dos Tetos, desde o mês da aprovação até que a sua situação financeira esteja novamente equilibrada”.
“O PCP de Tomar não pode igualmente deixar de alertar a população para a falta deste importante instrumento de gestão da rede como é a Carta Educativa, a última é de 2008! Assim está a ser tratada a Política Educativa Local!”, termina o comunicado.