A Sessão de Abertura Solene do Ano Letivo 2015-2016 do Instituto Politécnico de Tomar (IPT) que decorreu na tarde desta quarta-feira, 9 de dezembro, ficou marcada pelos protestos dos alunos da Licenciatura de Fotografia, antes, durante e depois da cerimónia.

O orador convidado – Prof. Doutor David Justino, Presidente do Conselho Nacional de Educação – já estava no púlpito para falar quando uma aluna, na plateia, se levantou e pediu para intervir. Acabaria por ser interrompida pelos próprios professores que acharam a atitude “deselegante” para com o orador, pelo que o presidente do IPT lhe disse, que no final da sessão, poderia voltar a falar.
Após a oração de sapiência, durante mais de meia hora e terem sido homenageados os funcionários com 25 anos de instituição, foi dada à mesma aluna “um minuto para falar”. Pegou num papel, voltou a ler o conjunto de reivindicações mas acabou por ser interrompida por Eugénio Pina de Almeida, após ultrapassar o tempo que lhe tinha sido estipulado.

Acabou por ser uma situação insólita, já no átrio, ver os convidados de honra – entre os quais muitos autarcas da região – no beberete, junto aos alunos que empunhavam cartazes com palavras de ordem. Alguns deles estavam mesmo consternados com a situação.

Diego Veríssimo, aluno do 3.º ano da licenciatura em Fotografia explicou ao mediotejo.net que as reivindicações que estavam a fazer, neste dia, prendem-se com a contratação de professores, dado que estão sem algumas Cadeiras desde o início do ano lectivo. “Desde setembro que nos falta um professor – que era responsável por quatro unidades curriculares – e, desde 30 de novembro, que falta uma outra docente que era responsável pela parte prática dessas cadeiras. Achamos que hoje era um bom dia para fazer esta manifestação porque iam estar presentes pessoas de fora e todos ficariam a saber que existe esta situação de anormalidade”, disse.

O presidente do Instituto Politécnico de Tomar, Eugénio Pina de Almeida explicou ao mediotejo.net que “o problema já está ultrapassado” pelo que não entende este tipo de protesto num dia em que se realizou uma cerimónia institucional.
“Os professores em falta já estão indicados, a trabalhar no plano de preparação das aulas, que estão previstas arrancar em janeiro”, disse, acrescentando que quem tem competência para contratar docentes “não são os alunos nem o presidente do IPT” mas sim o Conselho Técnico-Científico.