O assunto já é recorrente nas reuniões da Câmara Municipal da Sertã. Mais uma vez, na reunião desta segunda-feira, 5 de julho, o vereador Carlos Miranda (PS) considerou que “não se justifica há muito tempo” que as reuniões se continuem a realizar online, uma vez que envolvem apenas cerca de uma dezena de pessoas que, na sua opinião, poderiam reunir presencialmente, fosse no salão da câmara ou da assembleia.
Estendeu ainda a critica à Assembleia Municipal, que poderia reunir na Casa da Cultura, por exemplo.
A perplexidade do eleito do PS deriva também do facto de o município “continuar a realizar todo o tipo de eventos presenciais”. “Não percebo qual é o critério”, sublinhou.
Em resposta, o Presidente da Câmara argumentou: “Não podemos facilitar. Temos de evitar grandes ajuntamentos”. Na sua opinião, é possível reunir à distância com os mesmos efeitos e dinâmica das reuniões presenciais.
O eleito do PS perguntou ainda porque não estão disponibilizadas as gravações das reuniões de Câmara no site oficial e porque não são transmitidas online, como o são outros eventos organizados pelo município.
Negando qualquer tentativa de “secretismo” das reuniões, o Presidente da Câmara argumentou que as atas são públicas.
A vereadora Cristina Nunes (PS) entrou na discussão lembrando a obrigatoriedade legal de se disponibilizar online as gravações das reuniões.
Neste ponto, o presidente concordou que as gravações das reuniões devem ser tornadas públicas.