Ao contrário dos restantes 12 municípios do Médio Tejo, a Câmara Municipal da Sertã ainda não apresentou, discutiu ou votou o seu Orçamento e as Grandes Opções do Plano para 2017. O presidente da Câmara, José Farinha Nunes (PSD) explicou que na base deste atraso está o facto de se estarem a fazer obras no edifício dos Paços do Concelho – os serviços camarários estão a funcionar desde o dia 17 de outubro no edifício do antigo Gabinete Apoio Técnico – sendo que “o sistema de desmaterialização de documentos está a funcionar muito lentamente”. O valor do mesmo rondará os 17 milhões de euros, revelou o autarca.

O assunto foi discutido na última reunião de executivo camarário quando o vereador Vítor Cavalheiro (PS) quis saber quais os motivos desta situação uma vez que o orçamento deveria, supostamente, deveria ter sido aprovado até 31 de outubro, de acordo com a Lei das Autarquias Locais. O vereador socialista estranhou o silêncio do presidente perante esta matéria numa altura em que o município já se encontra em incumprimento.

José Farinha Nunes garantiu que o orçamento será discutido e votado na próxima reunião do executivo – todas as reuniões são públicas – e vai estar incluído na ordem de trabalhos da próxima Sessão da Assembleia Municipal a decorrer este mês de novembro.
Se não for possível discutir na próxima reunião de câmara, será marcada uma sessão extraordinária para o efeito, acrescentou.