A questão foi suscitada pelo deputado municipal João Carlos Almeida (PSD) na sessão da Assembleia Municipal da Sertã, realizada no dia 30. O eleito perguntou porque não estava prevista no Orçamento para 2022 qualquer verba para a instalação na Sertã do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, anunciada pelo anterior presidente da Câmara.
O deputado municipal Vitor Cavalheiro (PS) lembrou que não há qualquer compromisso por parte do Governo para que o Comando seja instalado na Sertã, situação confirmada na sessão da Assembleia Intermunicipal da CIMT realizada dias antes. O eleito do PS lembrou uma anterior deliberação unânime da CIMT para que o Comando fosse instalado em Praia do Ribatejo, concelho de Vila Nova da Barquinha.
“Nunca ouvi nem li nada por parte de qualquer Ministro de que o Comando vinha para a Sertã“, corroborou o presidente da Câmara, Carlos Miranda.
Carlos Miranda (PS) considerou “um exagero” dizer-se que o anterior executivo tenha conseguido trazer para a Sertã o Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil. “Ele só é conseguido quando é formalizado. Não é o presidente da Câmara que decide a localização, quem decide é o Ministro da Administração Interna”, ressalva, repetindo: “as coisas só são concretizadas, quando são formalizadas, porque quem tem poder, neste caso, é a Ministra e a CIMT”.
O autarca revelou que foi confrontado com este processo no dia a seguir às eleições autárquicas. A Secretária de Estado telefonou-lhe e perguntou se o Município estaria na disposição de avançar com o que o anterior executivo tinha assumido: a compra do edifício e realização de obras. “Eu entendi que sim, comprometi-me 100 por cento com o projeto”, garantiu.
Não havendo ainda uma decisão final quanto à localização do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Médio Tejo, o presidente Carlos Miranda assegura que, “se vier para a Sertã teremos de colocar no orçamento e avançar com as obras, sendo que nos interessa sempre a compra do edifício do antigo quartel dos bombeiros”.
“Se vier, tudo bem, se não vier nós temos outros projetos para aquele edifício”, concluiu.