Plano piloto de reflorestação marca nova era para territórios flagelados por incêndios e desertificação. Foto: DR

O Plano de Reordenamento e Gestão da Paisagem dos Municípios de Mação, Sertã, Vila de Rei, Proença-a-Nova e Oleiros vai estar em debate na quinta-feira, dia 28, entre as 9:30 e as 13:00, num evento digital que envolve várias partes interessadas. A organização é da responsabilidade da Associação Natureza Portugal (ANP), a WWF, a Gkapital e a New Generation Plantations.

Aponta-se como objetivo principal “aproximar as vozes de todas as partes interessadas na transformação da paisagem de uma forma participada e criar uma visão comum e partilhada para a região do Pinhal Interior Sul”.

Será discutido o futuro da paisagem desta região, com foco na agricultura, floresta e nos recursos endógenos da zona. A organização pretende, a partir desses recursos e valores culturais, elaborar uma estratégia para revitalizar atividades, como a silvopastorícia, a caça, a pesca, a agricultura, e ainda o turismo e atividades de lazer, e fomentar novos potenciais, dando força à economia e apostando na requalificação do território.

Segundo os promotores, as populações locais têm aqui uma oportunidade para se juntar à discussão do futuro da paisagem, uma vez que, mais que ninguém, são quem sofre as consequências de uma má gestão e planeamento florestal.

A inscrição é gratuita e pode ser feita através do site da ANP|WWF em natureza-portugal.org.

O Plano de Reordenamento e Gestão da Paisagem é apresentado como “um instrumento que, através do desenho da paisagem e tendo os territórios da floresta como pilar, criará o suporte para ordenar o território através da paisagem, revitalizar atividades e fomentar novos potenciais, a partir dos recursos endógenos presentes e do incremento da multifuncionalidade, impulsionando as atividades económicas diretas e complementares relevantes e com valor na requalificação e gestão desses territórios”.

“Para além da valorização dos produtos da floresta, silvopastorícia, caça e pesca, da agricultura e do fomento das atividades de turismo, lazer e recreação baseados nos recursos e valores locais, pretende-se suportar o modelo de transformação da paisagem, na valorização dos serviços dos ecossistemas prestados por estes territórios, designadamente a biodiversidade e o solo vivo, a infiltração da água e a salvaguarda da sua quantidade e qualidade, o sumidouro de carbono, e dos valores culturais”, explica a organização.

José Gaio

Ganhou o “bichinho” do jornalismo quando, no início dos anos 80, começou a trabalhar como compositor numa tipografia em Tomar. Caractere a caractere, manualmente ou na velha Linotype, alinhavava palavras que davam corpo a jornais e livros. Desde então e em vários projetos esteve sempre ligado ao jornalismo, paixão que lhe corre nas veias.

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