O Presidente da Câmara a discursar na sessão de apresentação. Foto: CMS

A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) da Sertã apresentou no dia 2 de março o seu Plano Local da Promoção e Proteção dos Direitos de Crianças e Jovens, sob o lema “Sertã a Olhar a Infância e a Juventude”.

A presidente da CPCJ da Sertã classificou este dia como de “festa”, regozijando-se com “o percurso realizado na construção do Plano Local”, o qual ilustra “a matriz cultural deste território”.

Ilda Bicacro assumiu o compromisso de, através deste plano, comprometerem-se “com a promoção e proteção dos direitos das crianças e dos jovens, ao apresentar as linhas de atuação para um plano local gizado e abraçado por crianças, jovens, famílias, entidades e autarquias, bem como todos os que são chamados a participar nesta grande missão de apoiar o desenvolvimento das nossas crianças e jovens num ambiente de Parentalidade Positiva”.

Também presente nesta sessão de apresentação esteve Rosário Farmhouse, presidente da Comissão Nacional da Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens. Na sua intervenção, falou sobre o Projeto Adélia, que serviu de base à construção do Plano Local de Promoção e Proteção dos Direitos das Crianças e Jovens da Sertã, e destacou que “não há investimento mais estratégico que não na infância”.

Farnhouse disse ainda que a “infância não se repete, passa num instante e aquilo que fizermos ou não pelas nossas crianças e jovens será decisivo para o futuro que vamos ter na nossa comunidade”.

Rosário Farmhouse deu os parabéns à CPCJ da Sertã, “não só porque aceitaram de imediato o desafio de aplicar o Projeto Adélia”, mas pela “capacidade de mobilização” de toda a comunidade do concelho: “O sucesso destes planos tem muito a ver com a capacidade de mobilização e a Sertã soube mobilizar e ouvir”, frisou.

Antes, falou o presidente da Câmara Municipal da Sertã sublinhando que “as crianças e os jovens são o foco das nossas preocupações aqui no concelho da Sertã. É importante pensar e agir no presente para que as crianças possam viver a sua infância em plenitude e no futuro serem adultos de corpo e mente”.

Carlos Miranda lembrou que o Plano Local da Promoção e Proteção dos Direitos de Crianças e Jovens da Sertã “não é um ponto de chegada para o concelho”, mas “um ponto de partida”, permitindo “que as crianças e jovens sertaginenses se sintam respeitados, integrados e protegidos em ambiente escolar, na sociedade ou no seu seio familiar”.

Evocando os momentos difíceis que o mundo atravessou devido à pandemia e mais recentemente pelo conflito militar na Ucrânia, o edil fez questão de sublinhar a importância de “todas as crianças e jovens não serem projetos por cumprir”.

Na segunda parte desta sessão, Ilda Bicacro apresentou mais detalhadamente o Plano Local da Promoção e Proteção dos Direitos de Crianças e Jovens da Sertã, um documento com mais de 200 páginas, onde está vertida toda a estratégia de “coordenação, acompanhamento e avaliação da ação dos organismos públicos e da comunidade na promoção dos direitos e proteção das crianças e jovens do território sertaginense”.

A responsável máxima pela CPCJ da Sertã esclareceu que o plano está estruturado em duas partes, uma de diagnóstico e outra de construção do seu desenho, o qual se consubstancia em cinco eixos estratégicos de atuação, com metas e indicadores sinalizados.

Esta sessão contou ainda com um momento artístico e musical, subordinado ao tema «Os Direitos das Crianças», protagonizado pelos alunos do Agrupamento de Escolas da Sertã (AES), Instituto Vaz Serra (IVS) e Escola Tecnológica e Profissional da Sertã (ETPS), e também com uma demonstração levada a cabo pelo Grupo de Aeróbica do AES.

José Gaio

Ganhou o “bichinho” do jornalismo quando, no início dos anos 80, começou a trabalhar como compositor numa tipografia em Tomar. Caractere a caractere, manualmente ou na velha Linotype, alinhavava palavras que davam corpo a jornais e livros. Desde então e em vários projetos esteve sempre ligado ao jornalismo, paixão que lhe corre nas veias.

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