EN238 preocupa partidos politicos, população e responsáveis pelos municípios da Sertã e de Ferreira do Zêzere. Foto: mediotejo.net

A propósito de obras anunciadas pela Infraestruturas de Portugal na Estrada Nacional 238, o Bloco de Esquerda da Sertã emitiu um comunicado no qual recorda os compromissos assumidos na “Declaração de Cernache” assinada a 20 de janeiro de 2020.

A IP anunciou a intenção de intervir na EN238, num troço de 12 km, com o objetivo de melhorar a sinalização, segurança, pavimentos e drenagens. Para os bloquistas é uma entidade que “age tarde e não vai ao encontro da Declaração de Cernache, realizada em janeiro de 2020, onde esteve envolvida a União de Freguesias de Cernache do Bonjardim, Nesperal e Palhais, tal como as autarquias da Sertã, Ferreira do Zêzere e o BE, promotor do encontro”.

O partido liderado por Catarina Martins critica os comentários da atual presidente e candidata à União de Freguesias, Filomena Bernardo, que fala desta nova intervenção como não sendo mais do que “uma maquilhagem, um talude limpo ou um buraco tapado”, lembrando que em 2020 “se comprometeu a dar seguimento à Declaração de Cernache, mas não fez mais nada do que arrumá-la na gaveta”.

Na ocasião, a autarca disse que o balanço da reunião foi muito positivo, afirmando que “em todas as pessoas presentes foi notório que estão empenhadas, independentemente da cor partidária, concelho ou freguesia, em que este problema se resolva. Os que não estiveram presentes, sou livre de pensar que não estão interessados”, afirmou, devido à falta da IP na reunião.

“A construção da EN238 é dos anos 50, estando o troço entre Cernache do Bonjardim e Ferreira do Zêzere completamente obsoleto, mantendo-se inalterado desde a sua construção, tendo a estrada já sido requalificada desde Oleiros até ao IC8 e deste até Cernache do Bonjardim”, pode ler-se na Declaração de Cernache do Bonjardim.

Declaração de Cernache assinada a 20 de janeiro de 2020. Foto: DR

O documento foi assinado na ocasião pelas entidades presentes (Câmara Municipal da Sertã, Câmara Municipal de Ferreira do Zêzere, UFCBNP e Bloco de Esquerda).

José Gaio

Ganhou o “bichinho” do jornalismo quando, no início dos anos 80, começou a trabalhar como compositor numa tipografia em Tomar. Caractere a caractere, manualmente ou na velha Linotype, alinhavava palavras que davam corpo a jornais e livros. Desde então e em vários projetos esteve sempre ligado ao jornalismo, paixão que lhe corre nas veias.

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