O Município da Sertã está a intervencionar alguns espaços das vilas da Sertã e Cernache do Bonjardim, através da rearborização de espaços verdes e criação de ilhas-sombra em meio urbano. Esta operação decorre da implementação da candidatura apresentada ao Compete 2020, Eixo VII, REACT-EU, com o objetivo específico de ‘Apoio à Transição Climática’.
Os trabalhos iniciaram-se a 16 de agosto com a substituição do entrançado vivo (faxinas), técnica de engenharia biofísica para a minimização da erosão, reforçando a proteção da margem da ribeira da Sertã, junto à Carvalha.
As diversas ações irão prolongar-se até ao final de novembro, totalizando uma área de 5,04 hectares, incidindo nos jardins da Carvalha e da Serrada, nas Margens da Ribeira, na Sertã, e no Jardim da Memória em Cernache do Bonjardim, estando prevista a plantação de mais de 500 árvores e arbustos.
A operação abrange também o abate e poda de árvores, plantação de novas espécies arbóreas e arbustivas, instalação de sinalética, instalação de mobiliário urbano, substituição das faxinas vivas e instalação de ninhos para aves.
A candidatura foi aprovada para o montante de 70.928,10€ com financiamento a 100%. De acordo com a nota enviada ao mediotejo.net, “a intervenção visa sobretudo fomentar a adaptação às alterações climáticas através da redução da ilha de calor urbano, criação de áreas frescas, como refúgio da população, em situações de ondas de calor (efeito de ensombramento)”.
Os trabalhos possibilitarão ainda a melhoria da qualidade do ar (filtragem e fixação de poluentes), produzindo efeito de corta-vento e contribuindo para o equilíbrio ecológico através da proteção dos recursos naturais.
De acordo com Cristina Nunes, Vereadora do Pelouro da Floresta e Biodiversidade da Câmara Municipal da Sertã, as ações que estão a decorrer, “além de contribuírem para a adaptação às alterações climáticas, irão proporcionar mais áreas de lazer, elevando o seu carácter educativo e pedagógico, com todos os benefícios diretos que a utilização de espaços verdes acarreta ao nível da saúde física e psicológica”.
A “vertente turística também é alavancada com esta operação, dado tratar-se de espaços verdes com particular interesse histórico, cultural e científico”, concluiu a autarca.
