A Comissão Política Concelhia do PS de Sardoal, “perante o conhecimento oficial da existência de novos factos no âmbito da investigação em curso por parte de Polícia Judiciária relativa ao desvio dos meios financeiros da Junta de Freguesia de Santiago de Montalegre por parte do seu Secretário à data”, recorda, em comunicado, que “para além de toda a responsabilidade criminal que venha a ser apurada nesta investigação, importa que seja igualmente apurada a responsabilidade” política.
O PS de Sardoal refere-se aos restantes elementos do executivo, eleitos pelo PSD, no “exercício dos cargos políticos nos mandatos abrangidos pelo período da investigação, designadamente 2017 a 2022”.
Mais informa no mesmo comunicado que, o Partido Socialista de Sardoal “apresentará participação formal junto das entidades tutelares, designadamente da IGF – Inspeção Geral de Finanças e da IGAL – Inspeção
Geral das Autarquias Locais, dando conta da situação”.
Esta posição surge após o ex-secretário da Junta de Freguesia de Santiago de Montalegre, (Sardoal), e um empresário, terem sido detidos na semana passada suspeitos dos crimes de peculato e falsificação, tal como o mediotejo.net noticiou.
Posteriormente o tribunal decidiu que os suspeitos “vão aguardar o desenrolar do inquérito em liberdade condicionada”. Os dois homens foram detidos por estarem “fortemente indiciados pelos crimes de peculato e de falsificação”, e de lesar a junta de freguesia em valores na ordem dos 135 mil euros.
“Ao antigo secretário foi decretada a proibição de contacto com a presidente e a tesoureira, e de se aproximar da junta” de freguesia de Santiago de Montalegre, no concelho de Sardoal, disse a mesma fonte da Polícia Judiciária (PJ).
O empresário, por sua vez, fica obrigado a “apresentações três vezes por semana às autoridades e proibição de ir à junta”, disse a fonte da PJ, relativamente às medidas de coação decididas hoje pelo juiz de instrução criminal.
Em comunicado, a PJ, através do Departamento de Investigação Criminal de Leiria, revelou que a ação decorreu “no seguimento de denúncia recebida em setembro passado”, efetuada pela presidente da Junta de Freguesia de Santiago de Montalegre, e da “investigação entretanto desenvolvida”.