Reunião de Câmara de Sardoal

O Partido Socialista votou contra o apoio financeiro de três mil euros atribuído pelo Município de Sardoal à Associação de Municípios da Rota da Estrada Nacional 2. Em reunião de Executivo, realizada na quarta-feira 25 de julho, os vereadores socialistas não viram “retorno” na passagem da primeira edição do Grande Prémio de Portugal Nacional 2 de Ciclismo pelo concelho, uma vez que não passaram por dentro da vila. O apoio acaba por ser aprovado com o voto de qualidade do presidente da Câmara Municipal.

A primeira edição do Grande Prémio de Portugal Nacional 2 de Ciclismo atravessou o concelho de Sardoal no dia 20 de julho mas os ciclistas não passaram por dentro da vila o que indignou os vereadores do Partido Socialista (PS). Pedro Duque em reunião de Executivo considerou “excessivo” o apoio de três mil euros dado pelo Município de Sardoal à Associação de Municípios da Rota da Estrada Nacional 2, não vendo “retorno”. O vereador socialista sugeriu que tal montante servisse de “reforço” às coletividades do concelho.

Em resposta o presidente Miguel Borges (PSD) explicou tratar-se de “questões técnicas da organização da prova” e que tal apoio decorreu de um compromisso assumido na Assembleia Geral da Associação de Municípios da Rota da Estrada Nacional 2 que inicialmente havia pedido uma contribuição no valor de 10 mil euros a cada um dos 35 municípios ligados a esta rota.

Por ser considerado um montante “demasiado elevado”, por acordo “cada município contribui com o montante possível, sendo um tecto mínimo de três mil euros” explicou o presidente.

Miguel Borges lembrou que o objetivo da prova passa também por dinamizar estimulando a economia local dos concelhos por onde passa a prova igualmente com “interesse turístico”, indicando existir uma estratégia para quatro anos. Um investimento que “não pode ser medido em quilómetros que atravessam no concelho” defende. “A prova não passou este ano pela vila de Sardoal mas passará em 2019”, assegura.

Recorde-se que o Grande Prémio de Portugal Nacional 2 é um acontecimento desportivo de dimensão internacional que percorre a maior estrada da Europa e a terceira maior do mundo. Contou com cobertura da TVI e TVI24, com total apoio e envolvimento da Associação de Municípios da Rota da Estrada Nacional 2 e com organização da GlobalSport.

As explicações do presidente não convenceram os vereadores da oposição que insistiram “não haver garantias de em 2019 o roteiro do Grande Prémio ser diferente”.

Nos anos seguintes, se a prova continuar a passar ao lado da vila de Sardoal, Miguel Borges assegura “ser o primeiro a propor” que o município abandone a Associação de Municípios da Rota da Estrada Nacional 2, no entanto acusou a oposição de “alguma demagogia” ao sugerir que o montante reforçasse o apoio financeiro municipal às coletividades do concelho.

O apoio acabou por ser aprovado com o voto de qualidade do presidente, uma vez que na ausência do vereador Pedro Rosa (PSD) o quórum deliberativo apresentava um empate na votação. O PS apresentou uma declaração de voto, onde explicou “serem os vereadores (Pedro Duque e Carlos Duarte) favoráveis inequivocamente à participação na Associação e eventualmente no apoio ao evento, mas por não haver retorno que consideramos proporcional ao apoio proposto, pois poderia ter sido dada outra visibilidade ao concelho de Sardoal” optaram pelo voto contra. Em todo o caso manifestaram-se “disponíveis para em anos futuros, e mediante o retorno que virmos suscetível de ocorrer no concelho, votar favoravelmente”.

No próximo ano “podem existir outros patrocinadores não sendo necessário montantes tão elevados”, concluiu o presidente.

Os eleitos pelo Partido Socialista, votaram favoravelmente a constituição do presente fundo de maneio, por se tratar de uma questão meramente procedimental de carácter administrativo.

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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