A candidatura de Miguel Borges (PSD), nas autárquicas de 2017 em Sardoal obteve 56,1 % dos votos. Foto: mediotejo.net

António Miguel Borges, a cumprir o segundo mandato como presidente da Câmara Municipal do Sardoal, vai ser o candidato do PSD à presidência da autarquia nas próximas eleições autárquicas, anunciou na sexta-feira, durante a sessão de Assembleia Municipal.

Miguel Borges, natural de Abrantes, tem 55 anos, é professor do quadro do Agrupamento de Escolas do Sardoal, onde foi presidente do Conselho Geral. Músico, presidente da Mesa da Assembleia da empresa Tejo Ambiente e o atual presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil do distrito de Santarém.

Em declarações ao mediotejo.net, Miguel Borges disse que “a equipa vai manter-se a mesma ” e pretende “dar continuidade” ao compromisso assumido em 2013, com um “plano de trabalho e levantamento das necessidades do concelho, numa estratégia de desenvolvimento para 12 anos, com uma política de desenvolvimento sustentável” virada para o futuro.

“Já fizemos muita coisa mas ainda há trabalho por fazer por isso queremos dar continuidade em mais quatro anos”, acrescentou.

O autarca social-democrata, que cumpriu um mandato na qualidade de vice-presidente da autarquia, entre 2009 e 2013, venceu as eleições em 2013, voltando a repetir o feito em 2017, defendeu uma estratégia que envolve também entidades privadas em diversas áreas, nomeadamente no que diz respeito ao património no âmbito da fé e da religiosidade.

“Temos parcerias com entidades privadas para valorizar o excecional património” existente em Sardoal falando na Igreja Matriz e no retábulo existente na Igreja de Nossa Senhora da Caridade. “Queremos e somos parceiros no âmbito do turismo religioso”, disse. A estratégia passa então pela conclusão do compromisso assumido, nomeadamente “pela recuperação e valorização do património”.

Por outro lado, destacou, a linha de ação da sua recandidatura assenta também “na valorização das aldeias e freguesias. Queremos que a população cresça. Já cresceu 0,05%, não é muito”, reconhece, mas, ainda assim, “contraria a tendência” apesar dos óbitos.

Portanto, o plano de ação passa por “consolidar o trabalho que temos vindo a fazer. Criar condições para fixar jovens, fixar empresas. A nossa zona industrial está esgotada por isso temos uma candidatura para o Parque de Negócios de Andreus”, nota. E ainda “a preservação, defesa e valorização da floresta” também com o objetivo de fixar pessoas no meio rural.

Miguel Borges não esqueceu os “pontos que preocupam”, essencialmente ligados à valorização do património sardoalense”, considerando “importante encontrar financiamento para a requalificação do património privado”.

Miguel Borges foi diretor musical da extinta Orquestra Ligeira de Abrantes (OLA), da Filarmónica União Sardoalense (FUS) e do Grupo Coral do GETAS – Centro Cultural do Sardoal, sendo também presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil de Santarém.

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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1 Comentário

  1. Convém lembrar que além de todos os títulos referidos há um que foi omitido. Talvez pela conjetura atual, haja alguma intenção de não mencionar,
    que Miguel Borges é também presidente da MESA DA ASSEMBLEIA, da SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SARDOAL…

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