Foram 40 minutos de chuva intensa que na tarde de segunda-feira, 8 de maio, inundou a vila causando danos, quer públicos, na Loja do Cidadão e em alguns arruamentos e passeios, quer privados, alagando as caves de várias habitações, destruindo muros e danificando viaturas automóveis. Em Cabeça das Mós a chuva destruiu hortas. O vice-presidente da Câmara Municipal, Jorge Gaspar (PSD), explicou em reunião de Executivo, ao vereador socialista Pedro Duque, que em média “por ano, chove 700 milímetros no Sardoal e na segunda-feira, choveu 60 milímetros” ou seja, quase 10% da totalidade do ano.
A Loja do Cidadão de Sardoal reabre esta quinta-feira ao público após dois dias de encerramento devido a uma “tempestade” que ocorreu Na segunda-feira no concelho de Sardoal, com “mais intensidade” na vila, E que causou vários danos “consideráveis”, públicos e privados, perto das linhas de água onde o declive é mais acentuado.
“A precipitação foi muita e em pouco tempo que fez com que as condutas subterrâneas e aéreas, que aguentaram durante 30 anos foram, desta vez, incapazes de abarcar esse caudal” deu conta ao mediotejo.net o vice-presidente Jorge Gaspar (PSD).
O levantamento dos danos está em curso, mas ao meio dia de terça-feira a Câmara Municipal de Sardoal “já sabia que estava tudo bem” na Loja do Cidadão, referiu o autarca. Danificados “um monitor, duas secretárias onde caiu a água das calhas que transbordaram” inundando a Loja referiu, contudo “por precaução, não fosse algum equipamento ter excesso de humidade”, a decisão passou por reabrir apenas esta quinta-feira.

“A empresa dos ares condicionados verificou que também estava tudo bem”, acrescentou. Numa ação conjunta com o serviço de Finanças e da Segurança Social, o Município tomou medidas de desumidificação do espaço para que pudesse abrir ao público “nas melhores condições”.
Jorge Gaspar garantiu que a escorrência de água para dentro do edifício da Loja do Cidadão deveu-se à intensidade da água da chuva, não havendo qualquer problema ao nível da construção.
“Todas as calhas dos beirados extravasaram. A água foi tanta que encheu, passou para a laje e infiltrou-se caindo apenas numa zona” da Loja do Cidadão, não afetando a secção mais sensível, do arquivo histórico. Jorge Gaspar avançou que a empresa que construiu o edifício deslocou-se ao local para avaliar a solução necessária para evitar no futuro situações semelhantes, pensando já nas “alterações climáticas”.

Em Cabeça das Mós a chuva também destruiu algumas hortas, mas “na vila foi onde se sentiu mais, com estragos de alguma dimensão, danificando um passeio perto da Rua do Sarabando, muros, alagando as caves das casas situadas nas zonas mais baixas como Chão das Maias e Olarias, e alguns carros estacionados onde a água subiu 12 cm”, deu conta, sublinhando que os cidadãos devem agora “socorrer-se dos seguros que têm” para cobertura dos danos provocados pelo fenómeno meteorológico.
