A Tejo Ambiente desenvolveu trabalhos de limpeza e higienização de reservatórios de água de Sardoal. Créditos: Tejo Ambiente

A Tejo Ambiente desenvolveu trabalhos de limpeza e higienização de reservatórios de água de Sardoal, mas “qualquer coisa não correu bem” em Valhascos, admitiu o presidente da Câmara Municipal, Miguel Borges (PSD), na última Assembleia Municipal após o presidente da Junta de Valhascos, Duarte Batista (PSD), ter dado conta de “queixas” por causa de “água barrenta”, sendo que “oito dias depois ainda haver problemas na rede”, causados pela limpeza nos reservatórios.

De seguida, também o deputado social democrata César Marques questionou o presidente da Câmara sobre a viabilidade de “ressarcir na fatura” os clientes da Tejo Ambiente que durante aqueles dias ficaram impossibilitados de consumir a água da torneira.

Já durante a Assembleia Municipal Miguel Borges havia manifestado disponibilidade para questionar o Conselho de Administração da empresa do sentido de perceber se há lugar a compensação financeira, na fatura da água, posição que voltou a repetir esta quarta-feira, no entanto, perante a proposta do vereador do PS disse entender ser necessária “uma análise jurídica”.

Pedro Duque que quis saber se o executivo municipal já havia comunicado com a empresa Tejo Ambiente relativamente ao ocorrido e propôs “que possa haver uma compensação aos munícipes” pelos dias em que foram afetados com “água castanha” ou seja, imprópria para consumo humano ainda que “analisada”, segundo o presidente.

Reunião de Câmara Municipal de Sardoal. Créditos: mediotejo.net

“Alguma coisa no processo devia ter falhado e nós já perguntámos à Tejo Ambiente e ainda não nos deram resposta”, disse Miguel Borges ao nosso jornal, à margem da reunião de Câmara, admitindo que “o período” em que a água apresenta resíduos “de terra da água da nascente” após limpeza dos depósitos “não costuma ser tão longo”, falando em “quatro ou cinco dias” quando “deveria ficar resolvido até num dia”.

Apesar do aviso à população de que até à “normal reposição do abastecimento de água poderão ocorrer anomalias no seu fornecimento”, na eventualidade de ter ocorrido “um erro, tem de se assumir o erro”, considera. No entanto, “se foi um procedimento normal em que as coisas demoraram mais tempo, por uma razão técnica, não sei o que está previsto”, reconheceu referindo-se à tal compensação proposta.

ÁUDIO: PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE SARDOAL, MIGUEL BORGES

Segundo o presidente da Câmara de Sardoal, neste momento a situação encontra-se “normalizada”.

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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