O artista natural de Leiria, José Luís Tinoco. Créditos: Fotografia retirada do blogue 'Jazz no País do Improviso'

O Centro Cultural Gil Vicente, em Sardoal, inaugura esta quarta-feira, dia 5 de julho, às 18h00, a exposição “Registos 1990/2010”, da autoria de José Luís Tinoco. A mostra vai estar patente ao público até 8 de setembro.

A mostra, composta por 45 pinturas, apesenta trabalhos feitos ao longo de 20 anos, entre os quais se encontram alguns do livro “Diálogos”, de José Luís Tinoco e António Lobo Antunes. De realçar ainda o destaque para as figurações às quais o autor deu especial importância no início dos anos 90.

Além disso, esta exposição mostra também a coleção “Aproximações a Seis Tapeçarias”, que o artista expôs em 1999 no Palácio Nacional da Ajuda.

José Luís de Matos e Silva Tinoco, nascido em Leiria, a 27 de dezembro de 1932, é arquiteto, artista plástico, músico multi-instrumentista, compositor e letrista, sendo um dos nomes mais conceituados do país no mundo da arte. Na música, assinou a música e a letra de “No teu poema” e “Os lobos e ninguém”, interpretadas por Carlos do Carmo e foi igualmente letrista e compositor de “Madrugada”, canção vencedora do primeiro Festival RTP da Canção a seguir ao 25 de abril de 1974, interpretada por Duarte Mendes, e que representou Portugal no Festival Eurovisão de 1975, em Estocolmo.

Em 2015, José Luís Tino recebeu o Prémio de Consagração de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores e, em 2016, a Câmara Municipal de Leiria distingui-o com a Medalha de Prata da Cidade.

Para o Município de Sardoal “é motivo de grande orgulho receber a obra deste grandioso artista, também pela sua ligação a este Concelho, uma vez que a sua mãe, Maria Carlota Leal de Mattos e Silva Tinoco, exímia pianista discípula de Viana da Motta, era filha de Abílio da Fonseca Mattos e Silva, que foi presidente da Câmara Municipal de Sardoal entre 1 de novembro de 1911 e 19 de julho de 1913”.

A inauguração da mostra decorre na quarta-feira, 5 de julho, pelas 18h00.

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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