Valhascos, Andreus, Venda Nova e Entrevinhas, bem como a própria vila de Sardoal, têm sofrido com má distribuição de correio, quer em termos de qualidade, quer em termos de morosos prazos de entrega, sendo público o descontentamento das populações. Na semana passada, em sessão de executivo camarário, o vereador do PS Fernando Vasco propôs ao executivo a aprovação de um voto de protesto perante a situação, tendo sido aprovado por unanimidade e ficado o compromisso de redação do texto para fazer chegar à administração da entidade em causa.
“Recebi várias comunicações de vários munícipes, designadamente dos Valhascos e dos Andreus acerca da distribuição dos correios”, disse Fernando Vasco (PS) na sua intervenção. Também o mediotejo.net recebeu denúncia desta situação por parte de populares de Valhascos, indignados com o desfasamento de tempo de entrega das suas cartas perante a entrega prevista em tempo útil.
“É um assunto que já é recorrente aqui, se a Câmara tinha algum problema nalguns sítios por falta de toponímia, hoje em dia esse problema está ultrapassado ou estará mesmo em breve a ser ultrapassado (…) Em vários locais do concelho, algo que já acontecia na Venda Nova, agora acontece nos Valhascos, nos Andreus, em vários sítios, os Correios não distribuem as suas cartas e causam um certo pânico, sobretudo na população mais idosa, porque têm que receber as suas reformas que normalmente chegam ao dia 10, e as cartas desaparecem, não aparecem, têm sérias dificuldades, e os CTT não dão resposta”, denunciou o vereador socialista.
Reconhecendo que a autarquia já havia feito diligências neste âmbito, Fernando Vasco propôs que a CMS aprovasse “um protesto formal sobre as condições em que está a ser distribuída a correspondência neste concelho, e as consequências que está a ter para a população, sobretudo a população mais idosa. É um problema de distribuição”, protesto esse que “se faça chegar à administração dos CTT, e se houvesse necessidade de ir mais longe, ou por outro caminho, nós estamos disponíveis através dos nossos deputados do PS para fazermos o esforço necessário para que esta situação se resolva o mais rapidamente possível”, disse.
O presidente da CMS, Miguel Borges (PSD), referiu que “o assunto está a ser tratado, nas mãos do próprio Governo. Eu socorri-me da Dra. Helena Freitas, coordenadora da Unidade de Missão para a Valorização do Interior (UMVI), ainda ela estava em serviço, julgo que dará trabalho a quem continuar (…) Devemos aguardar. Os deputados da Assembleia da República já têm conhecimento desta situação, e estão também a trabalhar neste sentido”, afirmou.
No que toca à toponímia em Valhascos e Andreus, segundo o autarca, “a questão da toponímia não se põe”, pois “o que se passa é mesmo uma questão de gestão dos CTT, as pessoas têm reclamado, e a única coisa que têm feito é pedir desculpa às pessoas e tem dito que as pessoas têm razão, porque é um procedimento novo e que não está a resultar”.
Por fim, foi unânime a decisão de fazer um voto de protesto conjunto do executivo. “Vamos fazer um voto de protesto, e chegaremos a um entendimento em relação a um texto”
O documento que visa “protestar veemente pela situação da distribuição de correio no concelho não estar a ser feita atempadamente e com qualidade” foi aprovado por unanimidade, aguardando-se novos desenvolvimentos.