Sobre o caso de um aluno agredido no interior da Escola E.B. 2,3/S Drª Maria Judite Serrão Andrade, em Sardoal, o presidente da Câmara Municipal, Miguel Borges, deu conta da conclusão: “não havia como evitar a situação, os procedimentos de segurança foram bem feitos. Um caso lamentável, mas pontual“, disse, lembrando que o processo, em fase de inquérito, compete agora ao Ministério Público.
À margem da última reunião de Câmara, o presidente foi questionado pelos jornalistas sobre o incidente ocorrido na semana passada na Escola de Sardoal, uma vez que a Câmara Municipal assumiu, há vários anos, competências na área da Educação delegadas pelo Ministério da Educação, nomeadamente quanto ao pessoal não docente.
Miguel Borges referiu ter reunido com a direção da Escola, ter falado com o capitão da Guarda Nacional Republicana de Sardoal e indicou a realização de um conselho geral do Agrupamento de Escolas de Sardoal “do qual a Câmara faz parte, tal como os pais, várias entidades e associações, onde foram analisados os acontecimentos”.
Esta quarta-feira decorreu o “Conselho Municipal de Segurança, a senhora diretora foi convidada a estar presente onde também foram analisados os factos”, acrescentou.
Um aluno de 15 anos foi agredido dentro da Escola de Sardoal, por um jovem externo à mesma, que entrou no edifício dizendo dirigir-se à secretaria. Questionado se o suspeito foi acompanhado por um funcionário até à secretaria, Miguel Borges negou. “Não foi, nunca foi nem será acompanhado porque assim ficava a portaria sem funcionário ou então tínhamos de ter um número enorme de funcionários para acompanhar sempre as pessoas e isso não acontece em lado nenhum”, referiu.
Para Miguel Borges é “importante” que as pessoas percebam que a escola de Sardoal “é segura, sempre foi segura e tem alunos que brigam dentro das instalações. É importante perceber que aquando da agressão, as pessoas que estavam no pavilhão, funcionários e professores, sanaram logo a situação. Houve uma intervenção rápida dentro do espaço onde a agressão aconteceu. O agressor foi acompanhado até ao conselho diretivo e esperou-se que a GNR chegasse”.
Segundo o autarca tratou-se de um ato isolado. “Uma árvore não faz a floresta”, disse o presidente. “Agora compete ao Ministério Público averiguar”, acrescentou, garantindo que na escola de Sardoal o número de funcionários está acima do rácio recomendado.
A desavença terá começado na rede social Twitter e acabou dentro da escola, com dois jovens, um de 18 e outro de 16 anos, a entrarem no espaço educativo e a envolverem-se na contenda. Ambos são suspeitos de agredir o aluno de 15 anos.