A sardoalense Aida Baptista, vice-presidente da Associação Mulher Migrante (AMM), é autora de várias obras e no final de março publicou o livro “Menina Moça me Levaram”, com a chancela almaletra, do qual é organizadora e autora.
A obra, numa edição comemorativa dos 25 anos da AMM, é prefaciada por Manuela Aguiar (ex-secretária de Estado das Comunidades) e apresenta um conjunto de histórias, contadas na primeira pessoa, por mulheres das mais diversas origens, profissões e faixas etárias, que, levadas por escolhas alheias (salvo raras exceções), passaram por processos migratórios em diferentes contextos geográficos.
Apesar de estarmos perante experiências distintas, um fio condutor une estas mulheres – a enorme força e capacidade de vencer em situações adversas dos novos espaços -, que as fez destacarem-se no universo feminino como referências de afirmação, autonomia, sucesso pessoal e profissional.
Para Aida Baptista “registar histórias de vidas de mulheres, que pelas mais variadas razões e circunstâncias, tivessem passado por processos migratórios […] tem sido desde há muito, uma das ambições da AMM. Em 2020, a Associação completou 25 anos de vida ativa, data marcante e oportuna para ser celebrada com um primeiro passo nesse sentido. Sem qualquer pretensão de natureza académica (embora possa vir a ser objeto de estudos nessa área), na qualidade de vice-presidente da Associação lancei o desafio e tomei a iniciativa de enviar convite a um conjunto de mulheres que, na primeira pessoa, quisessem deixar lavrados percursos de vidas repartidas pelas mais diversas geografias. Não sendo, de modo algum, representativo do inesgotável universo das diferentes diásporas, o propósito desta obra pretende tão-só servir de ponto de partida para encorajar outras a fazerem o mesmo, já que este projeto tem todas as condições para ganhar continuidade”.
