A sardoalense Aida Baptista, vice-presidente da Associação Mulher Migrante, é autora de várias obras. Créditos. DR

A sardoalense Aida Baptista, vice-presidente da Associação Mulher Migrante (AMM), é autora de várias obras e no final de março publicou o livro “Menina Moça me Levaram”, com a chancela almaletra, do qual é organizadora e autora.

A obra, numa edição comemorativa dos 25 anos da AMM, é prefaciada por Manuela Aguiar (ex-secretária de Estado das Comunidades) e apresenta um conjunto de histórias, contadas na primeira pessoa, por mulheres das mais diversas origens, profissões e faixas etárias, que, levadas por escolhas alheias (salvo raras exceções), passaram por processos migratórios em diferentes contextos geográficos.

Apesar de estarmos perante experiências distintas, um fio condutor une estas mulheres – a enorme força e capacidade de vencer em situações adversas dos novos espaços -, que as fez destacarem-se no universo feminino como referências de afirmação, autonomia, sucesso pessoal e profissional.

Para Aida Baptista “registar histórias de vidas de mulheres, que pelas mais variadas razões e circunstâncias, tivessem passado por processos migratórios […] tem sido desde há muito, uma das ambições da AMM. Em 2020, a Associação completou 25 anos de vida ativa, data marcante e oportuna para ser celebrada com um primeiro passo nesse sentido. Sem qualquer pretensão de natureza académica (embora possa vir a ser objeto de estudos nessa área), na qualidade de vice-presidente da Associação lancei o desafio e tomei a iniciativa de enviar convite a um conjunto de mulheres que, na primeira pessoa, quisessem deixar lavrados percursos de vidas repartidas pelas mais diversas geografias. Não sendo, de modo algum, representativo do inesgotável universo das diferentes diásporas, o propósito desta obra pretende tão-só servir de ponto de partida para encorajar outras a fazerem o mesmo, já que este projeto tem todas as condições para ganhar continuidade”.

Capa do livro “Menina Moça me Levaram”

Paula Mourato

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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