Foto: Paulo Jorge de Sousa

O Teatro ABC – Companhia Nacional de Teatro Português, sobe ao palco do Centro Cultural Gil Vicente, em Sardoal, no dia 25 de Abril, pelas 21h30, com a peça “25 de Abril, Sempre!”. Esta peça, da autoria e direção de Nuno Miguel Henriques, tem uma componente histórica, cultural e artística, pedagógica contemporânea e interativa da Revolução dos Cravos.

A peça tem uma abordagem imparcial do antes e depois da Revolução dos Cravos de 1974. O 25 de Abril passou a ser, com a distância de cinco décadas, bem como pela celeridade dos acontecimentos recentes da globalização, uma temática menos apaixonante e por vezes até incompreendida. Por isso mesmo, “tentamos hoje de uma forma simples e eficaz transformá-la em algo compreensível.”

O antes e o depois, com a história concisa e rigorosa dos acontecimentos do Estado Novo, a sua implementação e queda, a Segunda Grande Guerra, as Crises Coloniais, os Movimentos Separatistas, a Guerra Colonial, o General sem Medo, as tentativas de Golpes de Estado, a Ala Liberal, o Professor Oliveira Salazar, o Marcelismo e vários Nomes Notáveis ligados ao pré-25 de Abril de 1974, das várias correntes ideológicas, são referenciados durante a representação por atores profissionais, reconhecidos pelo seu talento, versatilidade e grande dimensão artística.

A Mocidade Portuguesa, PIDE/DGS, a Censura, a Liberdade, a Televisão e Rádio Pública, as consequências da Primavera Marcelista, o General Spínola, o MFA, os Militares de Abril e temáticas como o PREC, as Nacionalizações, a Reforma Agrária, as Milícias Populares, as Sessões de Esclarecimento, os emergentes Partidos Políticos e as Eleições Livres, merecem também destaque durante este espetáculo original.

A entrada para o espetáculo é gratuita, mas sujeita ao levantamento de bilhete.

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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