No auditório do INOV.POINT, no Tagusvalley – Parque de Ciência e Tecnologia, em Alferrarede, no concelho de Abrantes, decorreu a cerimónia de revelação dos vencedores desta edição. Na sessão de abertura, Ana Paula Grijó, presidente da direção do Tagusvalley, frisou a importância da iniciativa e o facto de a adesão se revelar positiva nesta última edição.
Também Marta Evangelista, responsável pelo INOV.LINEA, demonstrou disponibilidade para acolher ideias, sugestões e projetos neste organismo do Tagusvalley, referindo que estão de “portas abertas”.
O primeiro Prémio Food Fab Lab foi atribuído a Hugo Mariano, da empresa SALIVITAE, pelo produto sal verde. Trata-se de um sal vegetal biológico proveniente de salicórnia bio desidratada e transformada em pó. Desta forma, crê a empresa de biotecnologia especializada em halófitas que exporta salicórnia para a Europa, apresenta-se um produto único que substitui o sal de forma saudável, uma vez que tem tantos elementos nutritivos que o equipara a um suplemento natural.
Este produto resulta de um projeto que dura há um ano, sendo que a empresa está a estudar no Barlavento Algarvio um novo estereótipo de agricultura, partindo da agricultura halófita.
O prémio Inovação foi atribuído às barritas proteícas feitas à base de farinha de grilo, da Sustainabug, um projeto de quatro alunos do Instituto Politécnico de Viana do Castelo.
Trata-se de uma proteína sustentável, que combina a farinha de grilo e o tremoço, em 22 gramas. O produto surge da intenção de inserir insetos no padrão alimentar sem que estes se distingam dos restantes ingredientes.
Susana Azevedo venceu o prémio Potencial de Mercado com os Bombons e Trufas de medronho, da empresa SIM Chocolate, de Famalicão, que apresentou bombons e trufas feitos a partir deste fruto autóctone e com cacau negro, resultando do aproveitamento de produtos e subprodutos de primeira transformação de medronho. Trata-se de uma parceria com a empresa Medronho&Canela, que venceu com o Pão de Medronho, apresentado por Rui Lopes, a 4ª edição do Food Fab Lab.
O prémio Degustação seguiu para as Bolachas de Amêndoas e Mel da apicultora Vanessa Marques, a “miss beekeeper” de Montalvo. Também com curso na área da pastelaria, desenvolveu estas bolachas sem glúten e com amêndoas de produção nacional, usando ainda o mel de abelhas do concelho de Constância. É um produto aconselhado para celíacos.
Os prémios totalizam 3 mil euros em serviços do Tagusvalley, sendo que os vencedores do Prémio Food Fab Lab arrecadam 1500 euros, enquanto os restantes premiados recebem 500 euros.
Os distinguidos terão acesso à utilização do Food Fab Lab, no INOV.LINEA – um espaço de uso partilhado para produção de produtos alimentares, apoio técnico no licenciamento, rotulagem, obrigações legais, processo produtivo, análise sensorial de aceitação, análise sensorial de preferência e acompanhamento no desenvolvimento do modelo de negócio.
O Tagusvalley já recebeu mais de 60 candidaturas em cinco anos de concurso Food Fab Lab, uma iniciativa que tem por objetivo permitir o melhoramento de produtos alimentares para maior dinamização das empresas. No final da sessão foi ainda lançada a 6ª edição do prémio, que se realizará em 2023, além de ter sido feita uma pequena degustação dos produtos vencedores.
A sessão contou com Ana Paula Grijó, presidente da direção do Tagusvalley, e Pedro Saraiva, diretor-executivo, juntamente com representantes de alguns organismos que integraram o júri do concurso, desde o Agrocluster do Ribatejo, a IBEROPASTA, e a TAGUS – Ribatejo Interior.