No âmbito das Festas da Cidade de Abrantes, que assinala no dia 14 de junho o seu centésimo primeiro aniversário de elevação a Cidade, o mediotejo.net faz o retrato da sede do Concelho.
Pertencente ao distrito de Santarém, com a reorganização da divisão do território feita em 2015, Abrantes é parte integrante da Região Centro, pela classificação NUT II e do Médio Tejo pela NUT III (NUT = Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos).
O município é limitado a norte pelos municípios de Vila de Rei e Sardoal, Mação e Gavião a Este, a sul por Ponte de Sôr e Chamusca e a oeste por Constância, Vila Nova da Barquinha e Tomar.
Abrantes usufrui de dois dos maiores recursos hídricos do País: a Albufeira de Castelo do Bode e o Rio Tejo que, depois de receber em Constância o Rio Zêzere, cansado dos 200 Km que o distanciam do seu berço na Serra da Estrela, vai acompanhar o Concelho ao longo de cerca de 30 Km.
A história da Cidade remonta a 1173, ano em que Dom Afonso Henriques doa o Castelo de Abrantes e o seu termo à Ordem de Santiago da Espada. Em 1179 concede o primeiro foral, que vem a ser confirmado em 1217 por D. Afonso II e reformulado em 1518 por D. Manuel I. Em 1471 D. Lopo de Almeida é nomeado 1.º Conde de Abrantes e em 1807 Abrantes foi território ocupado pelas tropas do General Junot, a quem Napoleão Bonaparte concedeu o título de Duque de Abrantes.

Mais alguns factos são de assinalar, nomeadamente os relacionados com os caminhos de ferro – em 1870 foi inaugurada a ponte rodoviária sobre o Tejo e em 1891 entra em funcionamento a Linha da Beira Baixa – troço Abrantes/Covilhã, complementada em 1893 com o troço Covilhã/Guarda. Este último esteve encerrado por várias vezes por condições meteorológicas adversas e foi encerrado à exploração ferroviária em 2009, estando prevista mas ainda sem data definida a sua reativação.
Poucos dias depois da implantação da República iniciou-se o processo para elevar a Vila de Abrantes à categoria de Cidade, “em reconhecimento dos assinalados serviços prestados à causa da República” tal como refere José Maria Pereira, o signatário da carta dirigida a Bernardino Machado. Tal vem a acontecer a 14 de junho de 1916 e foi divulgado nos jornais desse ano.
Retrato da sede de Concelho
Orago: S. Vicente e S. João
Freguesias: Aldeia do Mato e Souto, Abrantes (S. Vicente e S. João) e Alferrarede, Alvega e Concavada, Bemposta, Carvalhal, Fontes, Martinchel, Mouriscas, Pego, Rio de Moinhos, S. Miguel do Rio Torto e Rossio ao Sul do Tejo, S. Facundo e Vale das Mós e Tramagal.
Área: 713,46 Km2
População: 39.325 habitantes
Densidade Populacional: 55,12%
Ordenação heráldica do brasão: 12 de fevereiro de 1968
Descrição do brasão: Escudo de azul, uma estrela de oito raios de prata em abismo, acompanhada de quatro flores-de-lis de ouro, postas em cruz, e de quatro corvos de sua cor, postos em aspa e volvidos em cortesia para a estrela. Coroa mural de cinco torres de prata. Listel branco, com os dizeres: “ABRANTES” a negro.