Equipa que vai redigir a proposta final é composta com especialistas da arquitetura e das artes Foto: Rede Cultura 2027

A Rede Cultura 2027 apresentou na sexta-feira, 30 de julho, a equipa responsável pela redação da candidatura de Leiria e mais 25 municípios a Capital Europeia da Cultura. A equipa possui elementos das áreas da arquitetura e das artes e o texto – a proposta cultural – tem que ser entregue até novembro.

“Entre si somam a diferença de idades de uma geração bem vivida. Entre todas trazem
olhares da arquitetura de dentro, de fora e da natureza; da engenharia da terra e da
paisagem acima dela; da história da arte e do teatro com história, da gestão municipal
que olha, e vê, a cultura das gentes, o património dos lugares”. Foi desta forma que
Paulo Lameiro, maestro e coordenador do Conselho Estratégico da Rede Cultura 2027,
apresentou os nomes dos responsáveis pela redação da candidatura de Leiria.

As redatores são: Ana Bonifácio, 45 anos, arquiteta; Ana Umbelino, 41 anos, autarca; Elisabete Paiva, 45 anos, diretora artística; Lígia Afonso, 40 anos, professora e curadora, e Teresa Andresen, 64 anos, arquiteta paisagística e engenheira agrónoma. Incluem-se ainda os nomes de João Bonifácio Serra, presidente do Conselho Estratégico da Rede Cultura 2027, e José Mattoso, presidente honorário da Candidatura de Leiria a Capital Europeia da Cultura 2027.

Para Gonçalo Lopes, presidente do Conselho Geral da Rede Cultura 2027, é na união de
todos que está a força desta candidatura até porque “da mesma forma que a Europa
não é apenas um Estado Membro – é antes os 27 em conjunto – não somos apenas
Leiria”, adianta nota de imprensa.

“Somos 30: 26 Municípios, 2 Politécnicos, 1 Diocese e 1 Associação Empresarial que, na sua diversidade, emulam bem a diversidade europeia; que, no seu altruísmo, honram a tradição das nações que constroem a União; que, na sua ambição, exigem de todos nós que a Europa seja fonte e desiderato; contexto e função; cidadãos e ideia; passado, presente e futuro. Nós, Europa, somo-lo porque temos, daqui até à Letónia, “Raízes Comuns, Horizontes Conjuntos.”, referiu na abertura da sessão que juntou, no Castelo de Leiria, os representantes da Rede Cultura.

“Hoje reiteramos a ambição do projeto, afirmamos estar em condições de apresentar uma candidatura sólida, pertinente e ancorada no vasto território que soube congregar. E inspirou”, sublinhou João Serra. Para o presidente do Conselho Estratégico da Rede Cultura 2027, “a candidatura de Leiria é um tributo ao património comum”. “Esta candidatura é um processo. Trata-se agora de lhe dar expressão num programa artístico e cultural que desemboque em 2027. A equipa que o elabora – Teresa Andresen, Ana Umbelino, Ana Bonifácio, Elisabete Paiva, Lígia Afonso, na companhia de Paulo Lameiro – escutou os agentes desse processo, percorreu o território, percebeu e interpretou, tanto as suas ansiedades como a sua imensa generosidade”, disse na sua intervenção.

O presidente honorário desta Candidatura comum, o Professor José Mattoso, deixou o
alento à equipa e ao território: “Nós temos que concorrer com Leiria, com vida nova,
intensidade do coração e do cérebro, só assim é que podemos criar beleza, cultivar
beleza como as flores do jardim que se cultivam. É muito mais do que isso, é participar,
é animar-se”.

Da Europa para a Rede Cultura 2027 e para a Candidatura protagonizada por Leiria a
Capital Europeia da Cultura também chegou a carta de François Matarasso, num evento
transmitido em streaming devido às condicionantes impostas pela Direção Geral de
Saúde.

De recordar que Alcanena, Torres Novas, Tomar e Ourém integram os 26 municípios que aderiram a este projeto, encabeçado pelo concelho de Leiria.

Cláudia Gameiro

Cláudia Gameiro, 32 anos, há nove a tentar entender o mundo com o olhar de jornalista. Navegando entre dois distritos, sempre com Fátima no horizonte, à descoberta de novos lugares. Não lhe peçam que fale, desenrasca-se melhor na escrita

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