Movimento pelo Tejo - proTEJO, realiza a 10ª edição do Vogar contra a indiferença no sábado, dia 3 de junho. Foto arquivo: mediotejo.net

O movimento proTEJO assinala no sábado, dia 3 de junho, a 10.ª edição do “Vogar contra a indiferença” com uma descida em canoa entre Vila Nova da Barquinha e Chamusca, numa ação “Por um Tejo livre” e “com caudais ecológicos”.

A atividade, organizada pelo movimento ambientalista com sede em Vila Nova da Barquinha, consiste numa ação “contra a construção de açudes e barragens com a finalidade de reter água para consumo na agricultura intensiva”, defendendo um “rio livre e com dinâmica fluvial para assegurar os fluxos migratórios das espécies piscícolas, a conservação dos ecossistemas e habitats aquáticos, e o usufruto do rio pelas populações ribeirinhas”.

O “10.º Vogar contra a indiferença” far-se-á na manhã do dia 03 de junho, sábado, a partir do Cais da Hidráulica, na vila ribeirinha de Vila Nova da Barquinha, com a leitura da “Carta Contra a Indiferença”, e uma descida em canoa até ao Porto das Mulheres, na Chamusca, que pretende “facultar uma experiência flúvio-felicidade de comunhão com a beleza natural e o património cultural de um rio Tejo livre e com dinâmica fluvial”, refere a organização, em comunicado.

“Este património natural e cultural do Tejo deve ser defendido pela rejeição dos projetos de construção de novos açudes e barragens – Projeto Tejo e Projeto de Barragem no rio Ocreza – e pela exigência de uma regulamentação daqueles que já existem”, refere o proTEJO.

Segundo a mesma nota informativa, tal pretensão visa “garantir um regime fluvial adequado à prática de atividades náuticas e à migração e reprodução das espécies piscícolas, um estabelecimento de verdadeiros caudais ecológicos, e uma continuidade fluvial proporcionada por eficazes passagens para peixes e pequenas embarcações”.

A demonstração ibérica “Por Um Tejo Livre com Caudais Ecológicos” decorrerá durante a tarde, no Porto das Mulheres, no município da Chamusca, com a apresentação do memorando “Por Um Tejo Livre”, sobre a importância de preservação de um rio Tejo livre de açudes e barragens para assegurar os fluxos migratórios das espécies piscícolas, a conservação dos ecossistemas e o usufruto do rio pelas populações ribeirinhas, e a partilha de testemunhos dos cidadãos, das associações e das comunidades presentes.

A atividade pretende ainda “consciencializar as populações ribeirinhas para a sobre exploração da água do Tejo que se avizinha com a construção de novos açudes e barragens e a que já existe face à gestão economicista das barragens hidroelétricas da Estremadura espanhola, aos transvases da água do Tejo para a agricultura intensiva no sul de Espanha e à agressão da poluição agrícola, industrial e nuclear”.

A descida de canoa, com inscrições até 29 de maio, visa ainda realçar a “importância do regresso de modos de vida ligados à água e ao rio e das atividades de educação ambiental e turismo de natureza, cultural e ambiental”, realça o movimento.

A organização delineou uma lotação máxima de 50 lugares em 25 embarcações, incluindo a participação de elementos da Rede de Cidadania por uma Nova Cultura da Água do Tejo/Tajo e seus afluentes, de Espanha.

As bandeiras portuguesa e espanhola têm sido transportadas pelos participantes, como símbolo da solidariedade e união perante os problemas vividos no rio Tejo. Foto: mediotejo.net

Esta atividade é organizada pelo proTEJO – Movimento Pelo Tejo e conta com o apoio dos municípios de Chamusca e de Vila Nova da Barquinha, da Rede de Cidadania por Uma Nova Cultura da Água do Tejo/Tajo e seus afluentes, sendo responsável pela descida a empresa Natur Z.

A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.

Agência de Notícias de Portugal

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