Primeira saída das Coroas e Pendões anunciou ao povo de Tomar a Festa dos Tabuleiros. Foto: Luís Ribeiro/mediotejo.net

Com a primeira saída das coroas, começou oficialmente, no domingo de Páscoa, a contagem decrescente para a Festa dos Tabuleiros, que este ano se realiza em Tomar entre os dias 1 e 10 de julho. O momento foi ainda mais especial por coincidir com a reabertura da igreja de S. João Baptista, que foi alvo de profundas obras de recuperação e reabilitação.

A saída das coroas e pendões do Espírito Santo marca a apresentação aos tomarenses da sua festa maior, sucedendo em diversos domingos até final de junho, sempre com percursos diferentes ao longo das ruas da cidade. Percursos que começam invariavelmente na igreja de Nossa Senhora da Graça, pertença da Santa Casa da Misericórdia que é a guardiã das coroas concelhias, tendo cada freguesia também as suas próprias coroas.

Não faltaram as tradicionais colchas às janelas, algumas delas com motivos do Espírito Santo, ao longo das ruas por onde passou o cortejo. A emoção que acompanha sempre este momento inaugural foi este ano mais forte quando as portas abertas da igreja de S. João Baptista, onde o cortejo parou para a missa, permitiram vislumbrar o trabalho de restauro que veio valorizar ainda mais a ampla riqueza arquitetónica, pictórica e escultórica daquele templo.

Será frente a ele que na tarde de 9 de julho os tabuleiros se hão de perfilar para a bênção, após a qual acontece o momento mágico do levantamento coletivo e simultâneo às batidas dos sinos que, também eles restaurados, repicam agora com renovada sonoridade, enchendo de trinados a cidade nabantina.

É esse o dia do cortejo principal, mas entre 1 a 10 de julho a cidade vestir-se-á de flores e de papel, para acolher as diversas manifestações que fazem da Festa dos Tabuleiros um acontecimento único no mundo.

No total são sete as saídas das Coroas e Pendões da Festa dos Tabuleiros. A segunda saída vai realizar-se no dia 16 de abril, e a seguintes a 30 de abril, 14 de maio, 28 de maio, 11 de junho e a última será a 18 de junho.

Fotogaleria: Luís Ribeiro/mediotejo.net

A festa dos Tabuleiros, que este ano regressa de 1 a 10 de julho, é organizada de quatro em quatro anos e a decisão de a realizar é sempre tomada pela população, numa sessão convocada pela Câmara Municipal para o efeito, no ano anterior à sua realização, que escolhe também o Mordomo, sendo este ano Mário Formiga.

Com origem pagã, simbolizando a época das colheitas, a Festa dos Tabuleiros adquiriu caráter religioso na Idade Média, com a Rainha Santa Isabel, é também conhecida como Festa do Espírito Santo e tem como ponto alto uma procissão com tabuleiros.

As 11 freguesias do concelho e milhares de tomarenses (nas juntas de freguesia, escolas, associações, lares, hospital) envolvem-se na confeção de flores de papel que enfeitam os tabuleiros e as ruas durante a festa, que atrai centenas de milhares de pessoas à cidade.

Transportados por raparigas, à cabeça, ao longo dos cinco quilómetros de procissão, os tabuleiros da festa de Tomar têm na base um cesto de verga, enfeitado com um pano bordado ou em renda, onde são espetadas cinco ou seis canas com pães (30 no total), e têm no cimo uma coroa com uma pomba branca ou a cruz da Ordem de Cristo.

Fotogaleria: Luís Ribeiro/mediotejo.net

A Festa dos Tabuleiros deste ano decorre em Tomar de 1 a 10 de julho. O cortejo principal decorre no dia 9 de julho e o cortejo das crianças no dia 2 de julho.

A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.

Natural e residente em Tomar, tem como profissão Distribuidor, mas é com a fotografia que se identifica. É amante desta arte em geral, mas a sua verdadeira paixão é a Natureza e Vida Selvagem e os Retratos. É autor do livro de fotografia “Alma Nabantina” e fundador/administrador dos grupos do Facebook “Amigos da Fotografia de Tomar” e "Fauna de Tomar”. Colabora na área de fotografia na imprensa regional e local e já em 2018 foi júri convidado de dois concursos de fotografia. Neste ano conta também com duas exposições de fotografia coletivas, preparando atualmente a terceira.

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