As cheias do rio Tejo provocaram prejuízos no Arripiado. Foto: André Silvério

O mau tempo que se fez sentir nas últimas semanas provocou alguns estragos no concelho da Chamusca. “O grande prejuízo aconteceu com o novo cais, junto ao cais militar, no Arripiado que, com a força da água, foi arrancado”, explicou o autarca, dando conta de aluimentos de terras, colapso de parte de uma estrada, inundações e o desmoronamento de uma casa em pré-ruína.

No novo cais, apesar de tudo, a rampa não se soltou, a plataforma flutuante fundeou e atirou a plataforma para a maracha, referiu o autarca, dando conta do apoio dos militares nas operações de recolha da estrutura quando as águas do rio Tejo começaram a baixar o nível.

“Felizmente nada de muito extraordinário”, referiu o presidente da Câmara. Paulo Queimado intervinha na reunião de executivo para fazer um balanço das consequências das intempéries no seu território.

O autarca referiu ainda que foi possível puxar a plataforma e a rampa para junto do cais para que a empresa que está a fazer os trabalhos a possa recolocar no local e reforçar as ligações,  

Ainda no Arripiado outra ocorrência foi registada no largo do Oleiro em que uma obra não licenciada de movimentação de terras provocou o colapso de parte de uma estrada.

Já existia “um abatimento significativo da estrada”, problema que estava sinalizado há mais de um ano e que levou ao embargo da referida obra. O proprietário continuou a fazer escavação “a pique” numa barreira com cerca de 10 metros de altura o que fez com que “parte da estrada viesse parar cá abaixo”, deu conta o presidente da Câmara.

Em consequência deste problema, um casal de idosos com pouca mobilidade e problemas de saúde ficou isolado, sem acesso à estrada, o que obrigou a uma intervenção dos serviços da Câmara de modo a criar-se um acesso à referida habitação.

Paulo Queimado referiu ainda uma casa na Senhora do Pranto, junto de um café, que estava em pré-ruína e que começou a desmoronar-se para a estrada. Na impossibilidade de se contactar o proprietário, os serviços camarários trataram de tombar as paredes em risco para o interior da propriedade.

De resto, neste balanço, houve referência ainda para a queda de uma árvore, outros imóveis em estado de ruína que agravaram a sua situação, pequenas inundações em garagens e formação de lençóis de água em vários locais nas freguesias.

As cheias do rio Tejo provocaram prejuízos no Arripiado. Foto: André Silvério

José Gaio

Ganhou o “bichinho” do jornalismo quando, no início dos anos 80, começou a trabalhar como compositor numa tipografia em Tomar. Caractere a caractere, manualmente ou na velha Linotype, alinhavava palavras que davam corpo a jornais e livros. Desde então e em vários projetos esteve sempre ligado ao jornalismo, paixão que lhe corre nas veias.

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