Banda da Sociedade Filarmónica Galveense. Créditos: DR

Chegada de Galveias, a ‘Homenagem a Amália’, na categoria de Músicas de Danças, é a única candidatura em representação do concelho de Ponte de Sor na eleição das 7 Maravilhas, naquela que é já a nona edição, desta vez dedicada à Cultura Popular. O distrito de Portalegre conta com outros candidatos e no vizinho no Médio Tejo são 32 patrimónios com selo de Nomeado às 7 Maravilhas da Cultura Popular entre os 471 nomeados de norte a sul do País e das ilhas.

A Banda da Sociedade Filarmónica Galveense com a música ‘Homenagem a Amália’ obteve validação pelo Conselho Científico do concurso recebendo o Selo de Nomeado. Uma peça para concerto “com grande valor tanto simbólico como sentimental. Que integra o reportório da Banda, e tocada sempre em todos os concertos. Os músicos mostram grande entusiasmo em tocá-la e o público mostra grande entusiasmo em ouvi-la”, disse ao mediotejo.net José Pedro, presidente da Sociedade Filarmónica Galveense.

Criada, em 2005, pelo maestro Capitão Sílvio Lindo Pleno, revela-se “um grande marco para Galveias. Uma peça que é também uma recordação de grandes momentos que a Banda passou, tanto em Portugal como no estrangeiro (Canadá 2005 e Cabo Verde 2006). Uma peça com 8 minutos que sendo uma homenagem a Amália Rodrigues, ícone do Fado em Portugal e no mundo, apresenta várias sucessos musicais como ‘Gaivota’ ou ‘Barco Negro’, composta para banda filarmónica” explica.

O maestro Capitão Sílvio Lindo Pleno dirigiu a Banda de Galveias ao longo de 12 anos, “e levou-a a umas das suas melhores fases onde recordamos bons momentos. Ainda nos dias de hoje esta música tem um grande valor para Galveias, por onde quer que seja tocada tem sempre um grande simbolismo”.

Atualmente com 45 elementos a Banda recupera, desde 2018, “o encanto do passado. Em 2017 chegámos a ter concertos onde tocavam apenas 14 músicos. Agora estamos a desenvolver um trabalho para que a Banda tenha um papel importante, não só local e regional, mas também a nível nacional. Na escola de música temos 25 alunos” e dois professores conta.

Esta candidatura da Sociedade Filarmónica Galveense pretende “entusiasmar os músicos, levá-los à participação nacional. Dar aos nossos executantes aquilo que merecem: mais entusiasmo e melhor aproveitamento. Porque as Filarmónicas são os conservatórios do povo, onde se ensina música de forma gratuita, possibilitar aos jovens a prática da música. Queremos levar a nossa música e das nossas gentes, do Alentejo, ao mundo” conclui José Pedro, ele próprio um jovem de 28 anos.

Com usos, costumes e tradições candidatos a esta edição do concurso estão na região do Médio Tejo representados os concelhos de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Sardoal, Sertã, Tomar, Torres Novas e Vila de Rei. Nos concelhos limítrofes também Chamusca e Ponte de Sor apresentaram candidaturas.

Em comunicado, a organização refere ter recebido 504 candidaturas ao seu concurso de 2020, dedicado ao tema Cultura Popular. Depois de avaliadas pelo Conselho Científico, este acabou por atribuir o selo de Nomeado a 471.

Após um Painel de Especialistas eleger sete patrimónios de cada região, a 7 de junho serão apresentados num programa em direto, na RTP1, num total de 140 finalistas, que irão participar nas eliminatórias regionais que se seguem. O Painel de Especialistas é composto por 7 elementos de cada um dos 18 distritos e 2 regiões autónomas.

Esta emissão televisiva acontece com atraso de 1 mês devido aos constrangimentos causados pela pandemia de covid-19, indica a organização.

Também a 7 de junho serão divulgadas as próximas etapas do concurso, que estão condicionadas à evolução da pandemia.

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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