Fotografia referente à a 8ª edição do CanSat em Ponte de Sor em setembro de 2021. Créditos: DR

A equipa da Escola Secundária de Ponte de Sor é uma das selecionadas para estar na final da 10ª Edição do CanSat Portugal. Uma noticia pela qual a equipa daquela escola da cidade do Alto Alentejo “há muito ansiava”, num concurso que desafia alunos do ensino secundário de todo o país a projetar e construir um modelo funcional de um microssatélite – CanSat.

Constituída pelos alunos Diogo Pires, Francisco Vieira, Margarida Rosa, Marisa Bicho, Tiago Lemos e Tomás Duarte, a equipa CanSor’23 foi uma das 15 escolhidas para participar na final da 10ª Edição do CanSat Portugal que irá realizar-se entre os dias 26 e 30 de abril.

O CanSat Portugal trata-se de um projeto educativo do ESERO Portugal, organizado pela Ciência Viva e pela Agência Espacial Europeia (ESA), que desafia alunos do ensino secundário de todo o país a projetar e construir um modelo funcional de um microssatélite – CanSat.

Os sistemas de base – antena, bateria e sensores – terão de estar integrados num volume equivalente ao de uma lata de refrigerante.

O projeto divide-se em duas importantes partes: Missão primária – durante o lançamento e a descida, o CanSat deve recolher e comunicar dados relativos à temperatura e pressão atmosférica posteriormente analisados. Missão secundária – idealizada por cada equipa, devendo ser esta capaz de evidenciar as capacidades do CanSat e podendo ser baseada em missões reais de satélites.

O processo da seleção começa pela inscrição das equipas, seguido de um workshop aos professores envolvidos nesta iniciativa, terminando com a entrega de um relatório e vídeo de apresentação do projeto. Após serem concluídos com sucesso todos estes passos, são selecionadas 15 equipas para a grande final de onde sairá a equipa vencedora direta para a Final Europeia.

Os dois técnicos responsáveis pelo lançamento dos rockets preparam o lançamento dos CanSats na final de 2022, Ponte de Sor. Foto: CanSat

A equipa CanSor’23 apresentou “um projeto inovador no que diz respeito à interação entre a tecnologia e o meio ambiente, o que acabou por consagrá-la como uma das melhores 15 equipas de Portugal. O objetivo da missão é a avaliação do montado Norte Alentejano através de machine learning, tendo na sua génese a identidade do território e a representatividade que o mesmo tem perante a comunidade local.

O projeto tem como mote contribuir para a preservação e continuidade do montado com a sua paisagem tão característica e a peculiar biodiversidade que lhe está associada”, lê-se em nota de imprensa enviada às redações.

Após o anúncio oficial, a equipa CanSor’23 apresentou-se perante os colegas de 12º ano, o diretor do Agrupamento de Escolas de Ponte de Sor, Manuel Andrade, os representantes do Município de Ponte de Sor, o vice-presidente Rogério Alves e a professora Sérgia Bettencourt, a coordenadora do clube de Ciência Viva na escola, Paula Valamatos Reis, e a presidente da Associação de Estudantes, Beatriz Silva.

Assim, começou “a verdadeira aventura” e “com a ajuda dos seus parceiros, os membros da equipa CanSor’23 encontram-se totalmente motivados e dedicados para obterem o melhor desempenho e resultado possível na final”, lê-se ainda na mesma nota de imprensa.

Sobre a equipa CanSor’23:

  • Diogo Pires tem 17 anos, frequenta o 12º. ano na área de Ciências e Tecnologias e é responsável pelo design e elaboração do microssatélite, assim como das antenas;
  • Francisco Vieira tem 16 anos, frequenta o 10º. ano na área de Ciências e Tecnologias e é responsável pelo design e construção do paraquedas do microssatélite;
  • Margarida Rosa tem 17 anos, frequenta o 12º. ano na área de Ciências e Tecnologias e apoia a boa execução da missão secundária, é responsável pela gestão do orçamento e pela divulgação e comunicação do projeto;
  • Marisa Bicho tem 16 anos, frequenta o 11º. ano na área de Ciências e Tecnologias e é, também, responsável pelo design e construção do paraquedas do microssatélite;
  • Tomás Duarte tem 17 anos, frequenta o 12º. ano na área de Ciências e Tecnologias e concentra-se em programar a missão secundária;
  • Tiago Lemos tem 17 anos, frequenta o 12º. ano na área de Ciências e Tecnologias e está 100% concentrado em fazer das missões ser um sucesso.
  • Cristina Gonçalves, docente responsável, professora de Física e Química, departamento de Ciências e Tecnologias do Agrupamento de Escolas de Ponte de Sor.
Alguns dos melhores momentos do CanSat Portugal, entre 2015 e 2022. Vemos fotos de grupo e de equipas que ganharam a competição nacional e até a Europeia, organizada pela ESA. Créditos: CanSat

Equipas finalistas

Equipa por ordem alfabética Docente responsável Escola e Localidade
AtmoWatch Rita Marcelo Agrupamento de Escolas de Vergílio Ferreira e respetivo Clube Ciência Viva na Escola, em Lisboa

CanACork Filipa Monteiro Salesianos de Lisboa

CanSor Cristina Gonçalves Escola Secundária de Ponte de Sor

Daedalus – Projeto I-carro Mohammed Marc Taoufiq Liceu Francês Charles Lepierre, em Lisboa

EDER SAT Nuno Coelho Escola Secundária José Saramago e respetivo CCVnE, em Mafra

Forest Jump Isabel Trigueiros Escola Secundária de Camões e respetivo CCVnE, em Lisboa

GSat – Crop Mission Dário Zabumba Colégio Guadalupe, em Verdizela (Seixal)

HermeSat Rui Costa Salesianos de Lisboa

ISAAC Paula Costa Colégio Ribadouro, no Porto

Osíris – Projeto Hórus João Cera Escola Secundária de Adolfo Portela, em Águeda

Passarola Voadora Hugo Carmo Escola Secundária de Camões e respetivo CCVnE, em Lisboa

Próxima Margarida Duarte Escola Secundária de Azambuja

SafeSat – Projeto Airbag Ricardo Ramalho Colégio de Nossa Senhora do Rosário, no Porto

SatOuriços – Projeto WeSteam Margarida Almeida Agrupamento de Escolas da Ericeira

TugaSpace Miguel de Matos Agrupamento de Escolas da Lousã

A estas equipas vão-se ainda juntar os vencedores do prémio intermédio da 3.ª edição do CanSat Júnior, numa participação extraconcurso. Serão também realizados outros lançamentos extraordinários, por ocasião da celebração dos 10 anos do CanSat Portugal.

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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