Pomonas Camonianas em Constância nos dias 9 e 10 de junho. Foto arquivo: CMC

A recriação histórica, organizada pela Câmara Municipal de Constância, pela Casa Memória de Camões e pelo agrupamento escolar, vai ser feita por centenas de alunos do pré-escolar ao ensino secundário, apoiados pelos professores e auxiliares de ação educativa do agrupamento de escolas de Constância, e encarregados de educação que se vão trajar a rigor para personificar os mercadores, membros do clero, nobres e plebeus.

Constância tem com Camões uma muito antiga e enraizada relação, fundada na plurissecular tradição de que o poeta terá vivido na vila durante algum tempo, tendo ali escrito parte da sua produção poética.

Sobre as ruínas que o povo aponta como tendo sido as da casa que o acolheu, foi erguida a Casa-Memória de Camões para perpetuar a memória do poeta à vila ribatejana.

Em Constância, existem ainda o Monumento a Camões do mestre Lagoa Henriques e o Jardim-Horto Camoniano, desenhado pelo arquiteto Gonçalo Ribeiro Teles, que apresenta a maior parte das plantas referidas por Camões na sua obra e é considerado um dos mais vivos e singulares monumentos erguidos no mundo a um poeta.

Tendo por inspiradora Pomona, a divindade romana dos pomares e dos jardins, que Camões também cantou, o evento apresenta, na sua essência, um mercado quinhentista, com exposição e venda de frutos e flores referidos por Camões na sua obra, e vários espetáculos teatrais, poéticos e musicais.

Momento da deposição de flores no monumento a Luís de Camões todos os dias 10 de junho, dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Foto: mediotejo.net

Integram ainda o programa uma prova de orientação noturna, uma feira de antiguidades e velharias, duas palestras sobre a vida do poeta e os sinais da sua presença em Constância, a deposição de coroas de flores no Monumento a Camões, animação histórica, um concurso de pintura ao ar livre, exposições e o funcionamento de uma taberna quinhentista.

Paula Mourato

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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