Peregrinação fluvial transporta a Senhora dos Avieiros e do Tejo entre Portugal e Espanha. Foto: DR

No Médio Tejo, a peregrinação inicia a sua quarta etapa este sábado, dia 27 de maio, depois de ter fechado a etapa anterior com passagem por Fratel, Amieira do Tejo, Barca da Amieira, Praia do Alamal (Gavião) e Ortiga (Mação). O Cruzeiro partirá este sábado de Ortiga (Mação), às 10:00, e vai passar por Alvega (11h00). Mouriscas (12h00), Travessão do Pego (15h30), (Pego (16h30) e Rossio ao Sul do Tejo, onde se prevê a chegada cerca das 19h00, com pernoita.

No domingo, dia 28 de maio, a 5ª etapa principia no Porto da Barca, em Tramagal, às 09:30, seguindo para Rio de Moinhos (10:00), Amoreira (11:30), Constância (13:00), Praia do Ribatejo (14:30), Arripiado (17:30) e Tancos (Vila Nova da Barquinha), onde chegará cerca das 19:00.

A 5ª etapa começa no sábado, dia 3 de junho, com partida de Tancos às 09h00, e chegada a Vila Nova da Barquinha às 09:15, seguindo depois por Pinheiro Grande (11:30), Porto das Mulheres, em Chamusca (13:30), Azinhaga, na Golegã (16:30), Alpiarça, ao Patacão, (18:00) e a chegada a Vale de Figueira/Barreira da Bica, Santarém, cerca das 20:00, local onde pernoitará, seguindo viagem no domingo, dia 4 de junho, rumo a Valada do Ribatejo e Escaroupim.

“A nona edição desta manifestação cultural e religiosa é a mais longa de todas, com 16 etapas e paragem em 60 localidades ribeirinhas, num total de cerca de 300 quilómetros, unindo as populações de Rosmaninhal (Portugal) e Alcântara, Santiago de Alcântara, Herrera de Alcântara e Cedlilho (todas em Espanha), seguindo dali para Montalvão e fazendo o resto do percurso em troço nacional, até ao estuário do rio, em Oeiras”, disse Rui Rodrigues, da Confraria Ibérica do Tejo.

“Esta edição é a mais longa de todas as peregrinações realizadas, porque aumenta o número de paragens e o número de etapas, nomeadamente Alcântara, em Espanha, Barreiro e Seixal, o que acontece pela primeira vez na história deste Cruzeiro Religioso e Cultural”, notou, cumprindo-se assim a ambição da Comissão Organizadora de levar o cruzeiro para lá de Portugal, “dando força à identidade ribeirinha, quer de portugueses quer de espanhóis que vivem nas margens e na bacia hidrográfica do Tejo”.

A imagem de Nossa Senhora dos Avieiros e do Tejo vai descer todo o rio num percurso de cerca de 300 quilómetros durante um mês, sempre ao fim de semana, transportada por uma embarcação tradicional (bateira) e por largas dezenas de populares que se juntam ao cruzeiro no rio e em terra, sempre acompanhados por embarcações dos fuzileiros e das corporações de bombeiros que garantem a segurança dos participantes.

Cruzeiro Religioso do Tejo regressa para a mais longa edição movido pela fé das populações ribeirinhas. Foto arquivo: mediotejo.net

A iniciativa é da Confraria Ibérica do Tejo que pretende “projetar os saberes, as tradições e as diferentes culturas e modos de viver o Tejo”, disse Rui Rodrigues, para quem “a aproximação e devolução do rio às pessoas” é um dos pontos altos de uma “iniciativa que se torna em festa”.

A chegada dos barcos tradicionais, entre eles uma antiga bateira, às comunidades ribeirinhas e aldeias avieiras, é saudada com bandas filarmónicas, piqueniques, celebrações religiosas e outras manifestações desportivas e culturais, envolvendo as populações por onde passa, em “celebração identitária”.

As primeiras três etapas decorreram entre 19 e 21 de maio, ligando Rosmaninhal e Alcântara, localidades fronteiriças, a Vila Velha de Ródão, onde a pernoitou imagem no sábado. No domingo, o cruzeiro continuou a descer o Tejo, ligando as localidades de Vila Velha de Ródão a Belver (Gavião) e Ortiga, no concelho de Mação, de onde partirá este sábado, dia 27 de maio.

Mário Rui Fonseca

A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.

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