Vários passageiros que seguiam no autocarro que em 2013 se despistou no Itinerário Complementar 8 (IC8), na Sertã, e que provocou 11 mortos, lamentaram na quinta-feira a ausência de cintos de segurança na viatura.
Na segunda sessão do julgamento ao condutor deste autocarro que se despistou na IC8, provocando a morte a 11 dos 44 passageiros, vários sobreviventes ouvidos pelo tribunal de Castelo Branco foram unânimes e afirmaram que a viatura não dispunha de cintos de segurança.
Os passageiros aludiram ainda ao nevoeiro e ao mau tempo desse dia, com muita chuva, quando questionados pelo Ministério Público.
O motorista do autocarro está acusado de 11 crimes por negligência e oito crimes por ofensa à integridade física por negligência.
Já em relação à existência ou não de sinalização na via e à velocidade a que circulava o autocarro, as respostas dos inquiridos foram inconclusivas.
O autocarro de turismo de passageiros despistou-se ao início da manhã do dia 27 de janeiro de 2013, no IC8, junto ao nó do Carvalhal, no concelho da Sertã, distrito de Castelo Branco, tendo caído para uma ravina.
A viatura transportava 44 pessoas e partira de Portalegre em direção a São Paio de Oleiros (Santa Maria da Feira) para uma visita a uma exposição denominada “O maior presépio do mundo”.