Papa em Fátima com mensagem de inclusão, abençoou crianças e pessoas com deficiência. Foto: Lusa

Num trajeto em cadeira de rodas, Francisco cumprimentou dezenas de cidadãos com deficiência e foi insistindo com a sua comitiva para lhe permitirem este circuito inclusivo, saudando um a um com simplicidade antes de entrar no papamóvel para a viagem até ao heliporto.

O Papa regressou a Lisboa por volta das 11:00, onde presidirá à vigília que marcará também o penúltimo dia da Jornada Mundial da Juventude.

Antes, Francisco já tinha dito na Capelinha das Aparições que a Igreja não tem portas, porque é de todos. À chegada ao santuário, Francisco tinha dedicado grande parte do seu tempo à bênção de bebés.

Papa em Fátima com mensagem de inclusão. Foto: Lusa

O líder da Igreja Católica, que foi recebido por 200 mil pessoas no santuário, está desde quarta-feira em Lisboa e realizou hoje uma visita de duas horas a Fátima, cidade que já tinha visitado em 2017, aquando do centenário das “aparições”.

“Igreja não tem portas para que todos possam entrar” – Papa

O Papa Francisco disse hoje, em Fátima, que “a Igreja não tem portas para que todos possam entrar” e reafirmou que é um espaço para todos.

“A Capelinha onde nos encontramos constitui uma bela imagem da Igreja, acolhedora, sem portas. A Igreja não tem portas para que todos possam entrar. E aqui, também, podemos insistir que todos podem entrar, porque esta é a casa da Mãe”, disse Francisco, referindo que “uma Mãe tem sempre o coração aberto, para todos os filhos, todos, todos, todos, sem exceção”.

Na quinta-feira, na cerimónia de acolhimento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Lisboa, Francisco afirmou que “na Igreja há espaço para todos”.

“Amigos, quero ser claro convosco, que sois alérgicos à falsidade e à palavra vazia. Na Igreja, há espaço para todos, para todos. Na Igreja, ninguém sobra, ninguém está a mais, há espaço para todos, assim como somos”, declarou o líder da Igreja Católica, no Parque Eduardo VII.

Em Fátima, numa intervenção novamente improvisada, feita em espanhol, após a recitação do terço com um mistério com a intenção pela paz, perante milhares de peregrinos, Francisco salientou que aqueles estão no santuário “como Igreja” e que a peregrinação é um traço mariano e que Maria foi a primeira a fazer uma peregrinação.

Papa em Fátima abençoou bebés e deixa mensagem de paz e inclusão. Foto: Pedro Nasper

Referindo-se ao tema da JMJ, “Maria levantou-se e partiu apressadamente”, Francisco relatou momentos da vida de Maria, para dizer que “Nossa Senhora apressada e que acompanha a vida de Jesus” e, depois da sua ressurreição, os discípulos.

“Acompanha sempre, nunca é protagonista”, prosseguiu, dizendo que também “acolhe todos”.

“E cada vez que vimos aqui recordamos isto. Maria quis este presente de uma maneira especial, para que a incredulidade de tantos corações se abrisse a Jesus”, afirmou, numa intervenção sem referências aos conflitos mundiais e à necessidade de paz.

Aos peregrinos, que chamou de amigos, explicou que “com a sua [de Maria] presença aponta Jesus”, que ama as pessoas até ao ponto que se identifica com todos e pede colaboração.

Pedindo um momento de silêncio, para os peregrinos refletirem, no seu coração, sobre o que Nossa Senhora está a apontar com o dedo a cada um, Francisco perguntou: “O que há na minha vida que te preocupa, o que há minha vida que te comove, o que há na minha vida que te interessa?”.

“E assim abre-se o coração para que Jesus venha”, declarou, exortando os fiéis para que sintam “a presença de Maria Mãe, que aponta sempre Jesus”.

Fotos: Pedro Nasper

Esta foi a segunda vez que o Papa Francisco está em Portugal. Na primeira, em maio de 2017, presidiu à cerimónia de canonização dos pastorinhos Jacinta e Francisco Marto, no Santuário de Fátima, quando passava o primeiro centenário dos acontecimentos na Cova da Iria.

A JMJ, considerado o maior evento da Igreja Católica termina no domingo, no Parque Tejo, onde são esperadas um milhão de pessoas.

c/LUSA

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Agência de Notícias de Portugal

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