A reunião do Conselho Intermunicipal do Médio Tejo desta quinta-feira, dia 30 de julho, ficou marcada pela assinatura dos protocolos celebrados com a Direção-Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas e os municípios da região do Médio Tejo, que têm como objetivo a constituição dos Gabinetes de Apoio ao Emigrante (GAE).
O momento foi formalizado na Câmara Municipal de Ourém, local escolhido para a reunião deste Conselho, na presença da Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, e dos autarcas que entrarão nesta fase no processo.
De salientar que os municípios de Ourém, Sardoal e Vila de Rei foram os primeiros a dispor de Gabinetes de Apoio ao Emigrante, os quais se encontram a funcionar em pleno nos seus territórios.
Atualmente, e após esta formalização, o Médio Tejo ficará, praticamente, abrangido pela existência destes gabinetes, que se revestem de grande importância.

Segundo o portal das Comunidades Portuguesas, os GAE destinam-se a todos os portugueses que estão emigrados, aqueles que já regressaram, assim como todos os cidadãos que pretendam iniciar um processo migratório.
No que diz respeito a objetivos, os GAE deverão informar todos os portugueses dos seus direitos sobre os países de acolhimento, apoiar no regresso e reinserção em Portugal, contribuindo para a resolução de eventuais problemas, de forma rápida, gratuita e personalizada, facilitando o seu contacto e articulação com outros serviços da Administração Pública Portuguesa.
De referir que os GAE estão tecnicamente habilitados para tratar de assuntos de segurança social estrangeira, comunitária e extracomunitária e acompanhamento de processos em todas as questões do âmbito da segurança social, tais como pedidos de pensões de velhice, invalidez e sobrevivência, prestações de acidentes de trabalho, prestações de Abono de Família e desemprego, e prestações de previdência profissional – 2º LPP (Fundos – Suíça).
Além do mais, os GAE tratam ainda da legalização de viatura e isenção de Imposto automóvel, por ocasião de transferência definitiva de residência para Portugal, equivalência de estudos – Reconhecimento/Equivalência de Habilitações Literárias adquiridas no estrangeiro, dupla-tributação, informação jurídica geral, estatuto do Residente Não Habitual em Portugal, aconselhamento a quem queira emigrar no âmbito da Campanha Trabalhar no Estrangeiro, e investimento – Orientação para a criação de empresas na região, em articulação com os Gabinetes de Apoio ao Investidor/ Empreendedor dos Municípios.
Os GAE promovem ainda a articulação com outras entidades e instituições, auxiliando na resolução de outros assuntos. Atualmente encontram-se em funcionamento 144 GAE no país.