Após 13 meses de obras, está inaugurada a requalificação do Jardim Municipal Le Plessis-Trévise, espaço nobre e central da Cidade de Ourém. Domingo, 20 de março, foi dia de festa em Ourém pela inauguração do novo jardim, mas também pelos 30 anos de geminação com Le Plessis-Trévise, cidade francesa que dá nome ao espaço e cujo presidente, Didier Dousset, marcou presença.
Numa tarde nublada, centenas de pessoas fizeram questão de acompanhar a cerimónia inaugural que contou com a presença de atuais e antigos autarcas, dirigentes e técnicos.
Coube ao presidente da Câmara Municipal, Luís Albuquerque, descerrar a placa alusiva à inauguração, na companhia do autarca francês, do presidente da Assembleia Municipal, João Moura, e de Isabel Damasceno, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região do Centro (CCDRC).
Ali ao lado, dezenas de crianças divertiam-se a usufruir dos novos equipamentos infantis. Das opiniões por nós recolhidas junto de populares, é unânime o elogio ao arranjo, onde predomina o verde, a água e as zonas de lazer. O investimento rondou 1 milhão e 100 mil euros, apoiado com 860 mil euros por fundos comunitários.
O Jardim Municipal foi alvo de uma intervenção de fundo que “revolucionou por completo a sua imagem e o seu próprio contributo para a cidade”, realça a autarquia, em nota de imprensa. Refere ser um espaço “moderno, amplo e dotado de novas zonas de lazer e convívio, além de um parque infantil”, que “promete voltar a ser uma zona de referência tanto para os oureenses como para os milhares de visitantes que anualmente passam pela cidade-sede do Concelho”.
Intervenção do Presidente da Câmara de Le Plessis-Trévise, Didier Dousset
Na hora dos discursos, que tiveram de ser feitos numa das novas lojas, devido à ameaça de chuva, o primeiro a intervir foi o presidente da Câmara de Le Plessis-Trévise. Didier Dousset que discursou em português, falou sobre os 30 anos de geminação e os projetos a concretizar para fortalecer o vínculo entre as duas cidades, contextualizando com a conjuntura de guerra que se vive no Leste da Europa, entre a Rússia e a Ucrânia e ao mesmo tempo fazendo um apelo à paz.
“É com enorme satisfação que volto a esta cidade para participar em mais uma inauguração resultante de um projeto em comum entre o Município de Ourém e a CCDR do Centro. Ourém tem uma das câmaras municipais que melhor sabem fazer uso dos dinheiros públicos e dos financiamentos europeus”, elogiou Isabel Damasceno.
A presidente da CCDRC considerou que, sendo a obra inaugurada, a última do PEDU – Plano de Estudo e Desenvolvimento Urbano da Cidade de Ourém, este programa “fecha com chave de ouro”.
Damasceno falou ainda do “novo espaço de vivência citadina”, na “grande qualidade” que apresenta, “sem descaracterizar a identidade, dando outra amplitude, outras valências, outra qualidade, mais moderna”.
Intervenção da Presidente da CCDR, Isabel Damasceno:
O presidente da Assembleia Municipal de Ourém começou por recordar a génese da geminação com a cidade francesa onde há uma grande comunidade de emigrantes oureenses, defendendo um fortalecimento e aprofundamento dos laços que unem as duas cidades.
Quanto ao jardim municipal, João Moura falou num “espaço aprazível, de natureza, com nova cara, limpa e tranquila”. Congratulou-se pela forte presença de cidadãos e por ver muitas crianças a brincarem nos novos equipamentos.
Intervenção do presidente da Assembleia Municipal, João Moura:
O último a intervir foi o anfitrião, o presidente da Câmara de Ourém, que falou num “dia histórico”, “um dia muito especial” que ali se estava a viver.
Luís Albuquerque, lembrou que a inauguração da requalificação do Jardim Municipal Le Plessis-Trévise completa o conjunto de intervenções realizadas no âmbito do PEDU, programa que também contribuiu para a requalificação da Avenida Dom Nuno Álvares Pereira, para a requalificação do agora denominado Teatro Municipal de Ourém e para a requalificação do Castelo.
Intervenção do presidente da Câmara, Luís Albuquerque:
“Estamos a falar de um investimento total de cerca de 9 milhões de euros, realizado em todos estes projetos. Não foi fácil conseguir concretizar todos estes projetos em tempo útil, cumprindo os prazos de execução, mesmo que alguns deles fossem muito apertados e, por isso, mais difíceis de cumprir”, realçou o autarca.
“Quando, em 2017, assumimos funções executivas, a Câmara Municipal de Ourém estava claramente atrasada quanto aos prazos de execução do PEDU, sobretudo quando comparada com a situação de outros municípios. Também por isso, foi necessário trabalhar com ainda mais empenho, para podermos recuperar o tempo perdido e conseguirmos executar todo o programa que nos tínhamos proposto, em tempo útil, sem perder o direito a qualquer tipo de financiamento”, acrescentou.
O autarca deu conta da “enorme satisfação” que sentia pela inauguração daquele ”belíssimo jardim municipal”, e pela conclusão das obras referidas que possibilitaram “renovar a imagem de Ourém, tornando-a mais atrativa”.
Na fase inicial da sua intervenção, Luís Miguel Albuquerque abordou a geminação com Le Plessis-Trévise, justificando a razão de não ter deixado cair o nome desta cidade-irmã do nome do Jardim Municipal.
“Apesar das mudanças estruturais que introduzimos neste espaço nobre, decidimos manter Le Plessis-Trévise no nome. Em Ourém, respeitamos a história, temos muito orgulho neste laço que nos une a Le Plessis-Trévise, e estamos perfeitamente conscientes do muito que este município representa para os oureenses emigrados em França”, recordou o autarca.