João Moura, presidente da distrital de Santarém do PSD. Foto: mediotejo.net

Depois de em 2013 uma reviravolta inesperada no sentido de voto ter ditado a vitória da lista do PS à mesa da Assembleia Municipal de Ourém, João Moura (PSD) conseguiu ser eleito presidente da mesa, com uma maioria segura que não permitiu surpresas. O autarca no entanto conseguiu surpreender quem o ouvia, apresentando de imediato um conjunto de propostas que vão trazer mudanças significativas ao funcionamento da assembleia municipal.

Após quatro mandatos liderados por Deolinda Simões (primeiro na lista do PSD, depois como independente na lista do PS), a Assembleia Municipal de Ourém será gerida por João Moura, secretariado por Humberto Antunes e Ana Vieira (PSD). A lista única obteve 22 votos a favor, 11 abstenções e um voto nulo, com o líder da bancada do PS, José Alho, a intervir antes do escrutínio secreto, anunciando que o grupo se iria abster, não apresentando lista em respeito pelos ourienses que votaram maioritariamente PSD-CDS.

João Moura deu primeiro a palavra aos representantes das várias bancadas. Martim Freitas, eleito pela coligação PSD-CDS, falou em nome apenas do CDS-PP, separando-se assim a coligação em sede de assembleia municipal à semelhança do que sucedeu em 2013.

O novo presidente da mesa da assembleia iniciou a sua intervenção agradecendo o trabalho e a dedicação de Deolinda Simões ao concelho de Ourém. Elogiou de seguida o executivo de Paulo Fonseca (PS), onde frisaria o bom trabalho realizado ao nível da cultura, promoção de Fátima e de cariz social. Mostrando acreditar nas capacidades do novo presidente, Luís Albuquerque, o autarca destacou a “gestão e coesão territoriais” como os grandes desafios deste mandato. O setor empresarial e a floresta seriam outras das áreas salientadas.

João Moura enumerou de seguida o conjunto de mudanças que quer levar a efeito no plenário: criar comissões permanentes de acompanhamento da atividade municipal; criar comissões temáticas sempre que necessário; ocupar parte do antigo edifício dos Paços do Concelho para fins de trabalho da assembleia; criar uma Assembleia Municipal Jovem, para alunos do 3º ciclo das escolas de Ourém (públicas e privadas), com uma agenda própria; instituir um prémio anual da Assembleia Municipal de Ourém (“eu amourém”) para figuras que se destaquem e como forma de estímulo à solidariedade; criar livro de honra municipal; transmitir em direto a assembleia municipal.

“Queremos que Ourém tenha uma Assembleia Municipal de referência”, terminou.

Cláudia Gameiro, 32 anos, há nove a tentar entender o mundo com o olhar de jornalista. Navegando entre dois distritos, sempre com Fátima no horizonte, à descoberta de novos lugares. Não lhe peçam que fale, desenrasca-se melhor na escrita

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