Na BTL promoveu-se este ano também o Congresso de Hotelaria e Turismo que vai reunir esta semana em Fátima cerca de 600 empresários do setor e oradores internacionais Foto: mediotejo.net

A Câmara Municipal de Ourém marcou presença esta quinta-feira, 17 de março, na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), para apresentar iniciativas e assinar protocolos relativos a dois eventos que vão decorrer este outono no concelho: o Art&Tur – Festival Internacional de Cinema de Turismo e o Congresso Nacional de Hotelaria e Turismo. Segundo o presidente da Câmara, Luís Albuquerque, com a maior abertura do Santuário de Fátima em ceder o Centro Pastoral Paulo VI, com capacidade para 2 mil pessoas, e a requalificação do Teatro Municipal de Ourém (TMO), o município tem finalmente todas as infraestruturas necessárias a enveredar pela aposta no turismo de eventos, alargando o tempo de permanência nos hotéis de Fátima e as dinâmicas regionais com o Médio Tejo.

O município de Ourém passou pela BTL com uma larga comitiva composta por vários autarcas, funcionários municipais e todo o executivo, incluindo a vereadora da oposição, Cília Seixo, assim como o presidente da Assembleia Municipal, João Moura.

Ourém levou um grupo de autarcas e funcionários municipais a conhecer os novos projetos turísticos em que o município se está a envolver Foto: mediotejo.net

No certame, a decorrer até domingo, 20 de março, na FIL – Feira Internacional de Lisboa, esperavam-nos dois momentos centrais: a assinatura de um contrato-programa de cooperação estratégica entre a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo e a Centro Portugal Film Comission; e a assinatura de um protocolo entre Ourém e a AHP – Associação de Hotelaria de Portugal. Estes acordos estabelecem os compromissos em torno de dois eventos que decorrem no concelho ouriense ainda este ano, o Art&Tur (de 25 a 28 de outubro) e o 33º Congresso Nacional de Hotelaria e Turismo (novembro). 

Em relação ao Art&Tur, Luís Albuquerque manifestou no seu discurso a expetativa que este seja um “ponto de partida” para outros eventos, uma vez que o município quer demonstrar que “temos capacidades e infraestruturas para bem receber” desde 400/600 pessoas no TMO a cerca de 2 mil, contando aqui com a disponibilização do Centro Pastoral Paulo VI. O Festival de Cinema vai ser organizado, inclusive, em estreita colaboração com a região do Médio Tejo, permitindo assim potenciar não só o concelho como o restante território.

Os mesmos desejos foram repetidos no protocolo com a AHP. Num ano que se espera que o turismo comece a recuperar, aguarda-se que Fátima torne a receber as suas grandes multidões. Neste aspeto, os eventos podem ajudar a colmatar o vazio das épocas baixas. “Estão reunidas todas as condições”, frisou novamente, desde acessibilidades a capacidade hoteleira, tornando a comentar que o Santuário de Fátima tem mostrado mais flexibilidade para ceder o seu Centro Pastoral. 

Em declarações aos jornalistas, o presidente reconheceu que se espera que já este ano seja possível uma retoma ao turismo no concelho, em especial em Fátima, com o regresso dos grupos estrangeiros. Os peregrinos portugueses já tornaram a marcar presença na cidade religiosa, mas 2021 ainda foi marcado pela grande ausência de turistas internacionais, que compõem as grandes multidões e fazem parte da clientela central de várias unidades hoteleiras. “Esperamos que 2023 seja o ano da retoma definitiva”, salientou, com as Jornadas Mundiais de Juventude e a visita do Papa Francisco.

Ainda no âmbito da BTL, a Escola de Hotelaria de Fátima foi convidada a apresentar publicamente o doce “carmelito”, criado pelos alunos no âmbito de um projeto em torno da Rota Carmelita. O doce não se encontra ainda disponível para venda ao público, mas a diretora da INSIGNARE, Carina Oliveira, espera que possa demonstrar as diferentes formas de potenciar os territórios a nível turístico.

Cláudia Gameiro, 32 anos, há nove a tentar entender o mundo com o olhar de jornalista. Navegando entre dois distritos, sempre com Fátima no horizonte, à descoberta de novos lugares. Não lhe peçam que fale, desenrasca-se melhor na escrita

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