Sem conseguir chegar a acordo com dois dos proprietários do edifício onde terá funcionado a Sinagoga da Vila Medieval de Ourém, a Câmara vai iniciar o processo de expropriação do imóvel, conforme deliberação tomada na reunião do dia 7 de setembro. O valor em causa ronda os 8700 euros, correspondente ao estado de ruína em que se encontra o edifício.
A intenção do executivo liderado por Luís Albuquerque é, “num futuro próximo, estudar, restaurar e tornar visitável este espaço de tão elevada importância histórica e cultural, inserido na Vila Medieval de Ourém”. O imóvel está classificado como Monumento de Interesse Público e pode ser potenciado turisticamente no âmbito da Rede de Judiarias em Portugal.
Para a autarquia esta aquisição “representa uma aposta do executivo camarário, tendo em conta o grande crescimento que o turismo judaico tem tido no nosso país”. O Presidente da Câmara referiu naquela reunião que “o interesse destes espaços poderá funcionar como um interessante complemento ao turismo religioso de Fátima”.
“Assim que tenhamos a posse administrativa do edifício, podemos desenvolver o projeto para o edifício de modo a torná-lo visitável integrado na rede de judiarias”, adiantou Luís Albuquerque, no final da reunião onde se decidiu pela aquisição do terreno onde se encontra a fachada em ruínas que terá sido uma Sinagoga e que representa uma marca simbólica da presença judaica em Ourém.