CLUBE DESPORTIVO “OS PATOS 2 – A.R.C.D. MENDIGA 5
Campeonato Nacional Futsal 3ª divisão – 1ª fase – Série B – 9ª jornada
Pavilhão Municipal do Pego – 03-12-2022
Ambas as formações subiram esta época à terceira divisão nacional de futsal, que teve este fim de semana a sua nona jornada, no caso, série B. Não foi a primeira vez que “Os Patos” e o Mendiga (Porto de Mós) se defrontaram no seu historial com vantagem expressiva para a equipa do distrito de Leiria que, em 6 jogos, apenas foi derrotado pelos abrantinos uma vez (curiosamente no primeiro confronto, já no longínquo dia 8 de Outubro de 2016, no Pego).
Neste sétimo jogo, voltaram a encontrar-se na “aldeia das casa baixas”, casa residente de “Os Patos”, de Rossio ao Sul do Tejo, que sonhavam com um resultado positivo de forma a poder manter firme a esperança de continuar nos lugares cimeiros da classificação. Ambas as equipas entraram na quadra do Pego com apenas a diferença de dois pontos, com vantagem para o Mendiga: os locais vinham de uma derrota caseira e tangencial (3-4) com o líder ARB Boa Esperança, enquanto o Mendiga não vinha de melhor prestação, tendo saído derrotado, também no seu reduto, por 2-3 com o GURD Mtba, num resultado deveras surpreendente.
Para não voltar a ter nenhum dissabor, o conjunto vindo de Porto de Mós, entrou no jogo com grande determinação e, por pouco, não fez abanar as redes dos rossienses por duas vezes antes mesmo de se completar o primeiro minuto.

Com uma formação de tendência completamente ofensiva, André Lourenço, Diogo Matos e João Santos davam “água pela barba” ao quinteto de “Os Patos”, obrigando a trabalhos forçados com destaque para o seu guarda-redes Bruno Barrento que ia fazendo o que podia face às constantes investidas do adversário.
Mas o inevitável aconteceu com o primeiro golo para o Mendiga aos 15 minutos por intermédio de João Santos, segundos após o primeiro “time-out” pedido por Hélder Rodrigues que via a sua equipa com bastantes dificuldades na quadra.
Não houve tempo para retificar, até porque um minuto depois, Diogo Matos ampliou a vantagem para os forasteiros que, num ápice, conseguiam uma “almofada” confortável para poderem controlar o jogo. Há que salientar que, entre os dois tentos do Mendiga, Duarte Fontinha podia ter reposto a igualdade, mas tal não aconteceu.

Com o primeiro tempo a esgotar-se, a equipa da casa cresceu na tentativa de recolher aos balneários com outro resultado, mas percebia-se que a formação de Vasco Miguel conseguia travar todas as investidas de “Os Patos”. O resultado, no final dos 20 minutos iniciais, não sofria contestação, mas a segunda metade foi um pouco diferente. Bastariam três minutos para “Os Patos” celebrarem o seu primeiro golo, reduzindo o marcador para a margem mínima e abrindo perspetivas para o muito que ainda faltava jogar.
Bernardo Bonacho (sempre inconformado) fez o 1-2 e o Pavilhão Municipal do Pego acreditou que era possível dar a volta, mas não foi o que aconteceu. Ainda as bancadas celebravam e já Diogo Mateus, aproveitando o balanceamento no ataque da formação de Hélder Rodrigues, em contra-ataque, fazia o 1-3, repondo o placard novamente nos dois tentos de diferença. Não houve muito tempo para festejos, embora a claque de “Os Patos” tenha sido incansável do princípio ao fim do jogo. Todos sabemos que quinze minutos em futsal é muito tempo e tudo pode acontecer. Hélder Rodrigues também sabe disso e não se abalou com este revés, numa altura em que a equipa dava mostras de poder proporcionar outro resultado ao público presente.
E aconteceu o segundo golo de “Os Patos”, talvez na melhor jogada de todo o encontro em termos de inteligência e visão de jogo. Muito simples: pontapé de canto marcado de forma rápida e nem o guarda-redes do Mendiga se apercebeu que Bernardo Neves, ao segundo poste, já tinha faturado.

Havia ainda 8 minutos para jogar e apenas um golo separava as duas equipas. A esperança renascia e este era, de facto, o melhor período de “Os Patos” que tiveram uma excelente ocasião para igualar a partida. O Mendiga estava, por esta altura, com algumas dificuldades em sair com a bola controlada. Porém, a 4 minutos do final, com os locais subidos na quadra, César Sousa conseguiu furar pela ala direita e conclui com êxito, fazendo o 2-4 e dando uma boa folga ao resultado a favor do Mendiga.
O tempo esgotava-se e “Os Patos” tentaram nos últimos minutos, através da utilização do típico 5×4, ainda conseguir algo da partida. Bernardo Bonacho assumiu as funções de guarda-redes avançado e ainda tentou alvejar a baliza contrária. Porém, numa perda de bola em zona atacante, Leandro Miranda colocou um ponto final no jogo, fazendo o 2-5 final.
Em resumo, pode dizer-se que (é um facto) a vitória do Mendiga não sofre qualquer contestação, mas pela resposta dada por “Os Patos” no segundo tempo, os números que mostravam o placard final parecem exagerados. Arbitragem regular sem qualquer interferência no resultado do jogo.
Ficha do Jogo:
CLUBE DESPORTIVO “OS PATOS”

Bruno Barrento, Duarte Catarino, Bernardo Bonacho, João Reis e Bruno Oliveira.
Ricardo Barata, Vasco Figueiredo, Fábio Farinha, Alain Moreira, Eduardo Fonseca, Duarte Fontinha, Bernardo Alves e Hugo Bonacho.
Treinador: Hélder Rodrigues.
ASSOCIAÇÃO RECREATIVA CULTURAL E DESPORTIVA DA MENDIGA

Rodrigo Calado, Diogo Matos, João Santos, Leandro Miranda (cap.) e André Lourenço.
André Cordeiro, César Sousa, Luís Custódio, Renato Santos, Adriano Martins, Micaela Santos e Miguel Venda.
Treinador: Vasco Silva.
GOLOS: Bernardo Bonacho e Bernardo Neves (“Os Patos”); João Santos, Diogo Matos [2], César Santos e Leonardo Miranda (Mendiga).
EQUIPA DE ARBITRAGEM (AF Viseu). 1° Árbitro: Vítor Dias. 2° Árbitro: João Rodrigues. Cronometrista: Hugo Xavier.
No final ouvimos os treinadores de ambas as equipas:

ÁUDIO | HELDER RODRIGUES, TREINADOR DE ‘OS PATOS’:

ÁUDIO | VASCO SILVA, TREINADOR DA MENDIGA: