Arrancou há poucos dias um sonho, uma necessidade e uma oportunidade para o Médio Tejo, uma região com cada vez mais identidade e onde em conjunto se procuram encontrar as melhores soluções para aumentar a qualidade de vida das pessoas que aqui vivem. O Médio Tejo digital era um pilar que faltava, independente, surgiu da iniciativa privada de jornalistas credenciados da região e é uma consequência desta marca do Médio Tejo. Ao processo político faz sempre falta uma comunicação social escrutinadora, responsável e sobretudo independente, que desempenhe o seu papel com qualidade, rigor e isenção.
O sucesso desta plataforma está directamente dependente da capacidade que tiver para unir todos, cidadãos, empresas, instituições e autarquias mas também da capacidade que estes tiverem para apoiar, patrocinar e investir. Quanto mais diversificado for o leque dos anunciantes e investidores mais garantida será a qualidade do trabalho, a independência do projecto e dos jornalistas, mas sobretudo o contributo do mediotejo.net para esta região. Quero com isto dizer que o seu sucesso depende muito de todos nós, os que vivem e gostam desta região. Eu estarei por aqui todas as quintas-feiras, nem sempre sobre política, nem sempre sobre o médio Tejo, mas sempre “sem cerimónia”.
Nos próximos dias teremos eleições legislativas e é preciso dizer de onde vimos e para onde vamos. Todos já falamos demais sobre de onde viemos e como aqui chegámos. O que é facto é que há quatro anos, tal como foi reconhecido por Teixeira dos Santos, não havia dinheiro para pagar salários e pensões, o país estava em recessão, o desemprego disparava, o nosso endividamento aumentava e a nossa credibilidade estava pelas ruas da amargura. A nossa economia cresce hoje acima da média europeia, o desemprego já está nos 12%, a nossa dívida pública está a descer e batemos todos os meses recordes no valor das exportações. A credibilidade interna e externa do país melhorou consideravelmente e até a mais importante revista de economia mundial, a Forbes, elege Portugal como o melhor destino internacional para investir e criar empresas.
Foram 4 anos de sacrifícios, das pessoas e das empresas, das instituições, ninguém ficou de fora apesar de terem sido poupados e protegidos os mais desfavorecidos através do aumento das pensões mínimas e do programa de emergência social. Hoje o país está mais forte e mais preparado para enfrentar desafios futuros. Já não temos pés de barro nem facturas debaixo do tapete que nos possam surpreender.
Portugal não é um mar de rosas, mas é novamente um país estável, equilibrado, onde a riqueza começa a crescer consecutivamente, as dificuldades estão a diminuir e todos os dias são criadas novas empresas e novos empregos. Ainda nem todos sentem esta melhoria, mas os dados são todos animadores e a confiança dos portugueses está reforçada. Ainda ontem ficamos a saber que o número de novas empresas bateu recordes e é hoje três vezes superior ao número de falências.
No que diz respeito ao futuro é preciso assumir compromissos e é por isso que assumi como prioridade bater-me pela resolução dos problemas de saúde no distrito, quer ao nível dos cuidados de saúde primários quer ao nível hospitalar. Este será o nosso primeiro combate, tal como já o fomos fazendo nos últimos tempos quando garantimos que a maternidade de Abrantes não fecharia e quando simplificamos o regime que permitia o regresso ao activo de médicos reformados. Conseguir fixar médicos na região é o nosso maior desafio bem como garantir a qualidade e eficiência da articulação entre os três hospitais do Médio Tejo. Podiamos fazer dezenas de promessas, mas as nossas preocupações mais imediatas centram-se nos problemas de saúde e nas questões ambientais, designadamente na combate à poluição nos rios do nosso distrito, em particular o rio Tejo, o rio Nabão e o rio Almonda.
No próximo dia 4 de Outubro temos de tomar uma decisão. Saber se valeu ou não a pena todo este esforço . Se queremos arriscar colocar todos estes sacrifícios em causa ou se queremos continuar a andar para a frente. Vamos escolher também quem melhor pode defender o nosso distrito e o Médio Tejo.
Tomo aqui a liberdade de apelar à participação eleitoral, ao combate à abstenção que é a maior inimiga da democracia. Votem onde considerarem mais justo, mas vão votar no próximo dia 4 de Outubro porque não podemos deixar que os outros decidam por nós.