A atual situação pandémica, que teve o seu início em Portugal no mês de março, provocou uma crise económica e social, com efeitos dramáticos em muitas empresas, especialmente as de pequena e média dimensão. É por isso que, neste momento, todos nós temos um papel preponderante no alavancar do rendimento das famílias portuguesas, podendo contribuir de um modo muito simples: fazer compras de Natal no comércio local.
Os municípios da região têm sido um exemplo de boas práticas no que concerne ao incentivo de boas práticas. Destaco, por exemplo, o estrondoso sucesso da iniciativa do “Tomar Natal é no comércio Local”, da autarquia tomarense, que possibilitou a aquisição de cartões com 50% de descontos. Poderia dar muitos mais exemplos do que se tem vindo a fazer pelo comércio local no distrito.
Em março deste ano assinei, neste mesmo jornal, um artigo intitulado “Compre o que é nosso” que remetia para a resposta que cada um de nós pode dar a esta crise pandémica. Nesse artigo referia que, nos tempos atuais, importa, mais do que nunca, comprar o que é nosso.
Acrescento agora que a viabilidade de muitas pequenas e médias empresas no mercado tradicional dependem do investimento que fazemos nelas. A saúde está em primeiro lugar, mas, igualmente, devemos contribuir para que a economia não pare.
Este natal, o primeiro que vai ser vivenciado em contexto de pandemia, pode ser uma oportunidade de elevarmos os nossos valores de cooperação, entreajuda e solidariedade, fazendo compras no comércio local ou a quem foi obrigado a repensar o seu modelo de negócio e recorre ao mundo digital.
A pandemia veio acelerar a tecnologia e, hoje em dia, muitas vendas passaram a ser feitas on-line, inclusive lojas mais tradicionais que apostaram nas redes sociais. Também deste modo, à distância de um clique, podem ser feitas compras, de um modo mais seguro, a partir do conforto de sua casa.
Comprar no comércio local é uma atitude que deve partir de todos nós e por todos deve ser acolhida porque, no final, todos saímos a ganhar com esta aposta.