Portugal empata com Estados Unidos mas fica pela primeira fase. (Photo by Saeed KHAN / AFP)

Portugal empatou hoje 0-0 frente aos Estados Unidos, bicampeões do mundo femininos de futebol, em Auckland, na Nova Zelândia, na terceira jornada do Grupo E do Mundial, mas ficou, na estreia, pela primeira fase do Mundial de 2023. A seleção sai da competição mas caiu de pé, perante a atual campeã mundial.

Apesar de ter empatado pela primeira vez frente à seleção norte-americana, ao 11.º jogo, e no primeiro oficial, a seleção portuguesa termina o agrupamento no terceiro posto, com quatro pontos, a três de Países Baixos, que hoje golearam o Vietname (7-0), e a um dos Estados Unidos, que avançam para os oitavos de final.

Portugal encerra a estreia em Mundiais, na nona edição, após um desaire por 1-0 frente às neerlandesas e a primeira vitória de sempre em fases finais, com o triunfo frente às vietnamitas por 2-0, com golos Telma Encarnação e Kika Nazareth.

Mundial feminino: Portugal – Estados Unidos (declarações)

Declarações na zona de entrevistas rápidas após o Portugal – Estados Unidos, do Mundial feminino de futebol, disputado no Eden Park, em Auckland, na Nova Zelândia, e que terminou com um empate 0-0:

Francisco Neto, selecionador de Portugal. Foto: mediotejo.net

– Francisco Neto (Selecionador de Portugal): “Infelizmente está fora do Mundial a equipa que não o merecia. Fizemos um jogo enorme, dos melhores nos últimos anos. Fomos coletivos, não tivemos medo, fizemos o que tínhamos de fazer, fomos muito competitivos. Eu, como treinador, e todos os portugueses, só temos de estar orgulhosos destas jogadoras.

Foi a melhor versão de Portugal, a mais coletiva. As jogadoras foram brilhantes, interpretaram à risca a nossa estratégia. Tivemos as nossas oportunidades, para mim, as melhores do jogo. Não concretizámos, mas vamos embora de cabeça erguida.

Neste momento, fica sempre o amargo, mas, amanhã, o orgulho. Elas só têm de estar orgulhosas do que fizeram. São incríveis, muitas delas com um passado de seleção muito grande, com muita luta e se o objetivo era criar referências, vamos criá-las e toda a dente que está envolvido no futebol feminino tem de estar orgulhosa: os clubes de onde vêm, as associações, as equipas técnicas, as colegas delas. Elas foram tremendas e, por isso, temos palavras de agradecimento para as nossas jogadoras.

[Portugal mostrou o que valia neste Mundial?] Para nós, enquanto equipa técnica, sim. Claro que há sempre coisas a melhorar, que todos queremos mais, mas não nos podemos esquecer de quem estava no outro lado. O grande objetivo era ser competitivos e foi um Portugal incrível durante todos os minutos que esteve em campo no Campeonato do Mundo”.

Jessica Silva, uma das jogadoras titulares da seleção nacional. Foto arquivo: Luís Ribeiro/mediotejo.net

– Jéssica Silva (Jogadora de Portugal): “Saímos tristes deste jogo, fizemos tudo para vencer. Fomos a equipa mais competente, acredito que devíamos ser as justas vencedoras deste jogo. Independentemente de ter sido um empate, foi um empate que nos custa a passagem aos oitavos de final, que era o nosso objetivo.

Naturalmente que estamos orgulhosas do que fizemos neste torneio, mas queríamos mais. Queremos mais, queremos voltar cá. Temos um ano grande pela frente, mas deixamos este Mundial com um sentimento amargo porque tínhamos muito para dar nesta competição.

Faltou-nos esse bocadinho de sorte [num remate perigoso de Ana Capeta já em período de descontos]. Estou mesmo muito triste por este resultado. Mas também muito orgulhosa pelo que fizemos. Batemo-nos contra uma das melhores equipas do mundo, as bicampeãs mundiais. Olhem para nós, não se esqueçam de nós! Continuem a dar-nos a mão, porque este grupo é incrível!

Esta participação [no Mundial] vai ajudar-nos a crescer, a evoluir. Temos de ter mais maturidade, mais do que a que mostrámos hoje. Somos as tais principiantes, disseram-nos que precisávamos de um milagre para passar e hoje demonstrámos que no futebol não há impossíveis, muito menos milagres. Queríamos ter dado esta vitória não só aos que estão connosco, mas àqueles que duvidaram da competência desta seleção. Agora é seguir em frente. Amanhã reerguemo-nos e estamos cá para mostrar o Portugal que nós somos”.

Portugal empata com Estados Unidos mas fica pela primeira fase. Foto: AFP

– Vlatko Andonovski (Selecionador dos Estados Unidos): “Queríamos ganhar e seguir em frente com uma vitória, mas já sabíamos que íamos enfrentar um adversário difícil. O mais importante é que atingimos o objetivo.

Esta é uma equipa nova, as jogadoras não têm muito tempo juntas. Erram um pouco na decisão, quando devem passar, cruzar… Quanto mais tempo passarem juntas, mais oportunidades irão criar.

Não acho que seja importante [apanhar adversários mais competitivos já nos oitavos de final]. Vimos ao longo desta fase de grupos que todos os jogos são difíceis. Já sabíamos que o grupo era difícil, queríamos ganhar e estou feliz por termos passado. No próximo jogo, não importa quem seja, teremos de estar ao nosso melhor nível”.

Ficha de jogo:

Jogo no Eden Park, em Auckland, Nova Zelândia.

Portugal – Estados Unidos, 0-0.

Equipas:

– Portugal: Inês Pereira, Ana Borges, Diana Gomes, Carole Costa, Catarina Amado (Joana Marchão, 89), Dolores Silva, Tatiana Pinto, Andreia Norton (Telma Encarnação, 81), Kika Nazareth (Andreia Jacinto, 62), Jéssica Silva e Diana Silva (Ana Capeta, 89).

(Suplentes: Patrícia Morais, Rute Costa, Lúcia Alves, Ana Seiça, Sílvia Rebelo, Joana Marchão, Andreia Jacinto, Fátima Pinto, Ana Rute, Carolina Mendes, Ana Capeta e Telma Encarnação).

Selecionador: Francisco Neto.

– Estados Unidos: Alyssa Naeher, Emily Fox, Julie Ertz, Naomi Girma, Crystal Dunn (Kelley O’Hara, 90+7), Rose Lavelle, Andi Sullivan, Lindsey Horan (Emily Sonnett, 84), Sophia Smith (Megan Rapinoe, 61), Lynn Williams (Trinity Rodman, 84) e Alex Morgan (Alyssa Thompson, 90+7).

(Suplentes: Casey Murphy, Aubrey Kingsbury, Sofia Huerta, Kelley O’Hara, Alana Cook, Emily Sonnett, Ashley Sanchez, Savannah DeMelo, Kristie Mewis, Alyssa Thompson, Megan Rapinoe e Trinity Rodman).

Selecionador: Vlatko Andonovski.

Árbitra: Rebecca Welch (Inglaterra).

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Rose Lavelle (39), Sophia Smith (52), Carole Costa (56), Diana Gomes (72) e Naomi Girma (81).

Assistência: 42.958 espetadores.

A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.

Agência de Notícias de Portugal

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