EPDRA - Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes Foto: EPDRA

Foi a segunda proposta mais votada entre as quatro vencedoras do Orçamento Participativo de Abrantes, no ano 2016. Resgatou 120 votos e prevê 60 mil euros de despesas. Agora uma realidade, o Festival Mourisco, evento histórico/cultural, surgiu de proposta de Amadeu Bento Lopes que pretende congregar em 3 dias as várias comunidades escolares, coletividades do concelho de Abrantes, de diferentes faixas etárias, e reunir atores de atividade comercial a nível local e nacional. O evento é apresentado ao público esta segunda-feira, às 18h00, na EPDRA, em Mouriscas.

Esta atividade surge das propostas recolhidas pela CMA, no âmbito do Orçamento Participativo que se realizou em 2016 pela primeira vez no concelho de Abrantes e que deu oportunidade à população de apresentar as suas sugestões.

Na altura da divulgação de resultados do OP 2016, o proponente havia dito ao mediotejo.net que este evento cultural e histórico idealizado para o fim do último ciclo escolar, seria operacionalizado em 3 localizações da freguesia de Mouriscas, criando uma ‘Aldeia Mourisca’, sendo o 1º posto na escola do 1º ciclo de Mouriscas, a 2ª localização no campo de futebol das Aldeias e a 3ª na Rua Matias Lopes Raposo, tendo continuidade até ao largo Dr. João Gualberto Santana Maia, dado os pontos de proximidade entre si.

O objetivo, segundo Amadeu Bento Lopes, é “recriar e manter uma identidade histórica/cultural e de continuidade para todos, no sentido de perceber e fazer entender os indícios existentes, aquando da existência do Povo Lusitano e ainda o aparecimento da designação dos povos Mouros fazendo assim uma alusão também à origem do nome ‘Mouriscas’ “.

Em declarações ao mediotejo.net, o proponente mostrou-se visivelmente admirado com a aprovação da proposta e com o número de votos reunidos. “Temos sempre esperança em conseguir validar as nossas ideias”, comentou.

“A ideia surgiu por eu já acompanhar eventos históricos e medievais há 5 ou 6 anos, e entretanto vi que Mouriscas tem potencial para fazer qualquer coisa desse género. É tentar unir o útil ao agradável para promover a nossa terra”, explicou.

O projeto pretende assentar numa estratégia de valorização do património mourisquense, ao mesmo tempo que pretende apelar à fixação da população jovem e divulgar a identidade e a história junto da comunidade. “As pessoas às vezes são alheias à cultura e à nossa história, têm tendência a menosprezar e a esquecer”, salientou Amadeu Bento Lopes.

O proponente assumiu ter divulgado a proposta junto das pessoas, partilhando ainda a ideia via redes sociais. “Há muito tempo que tenho esta vontade e as pessoas já conheciam a ideia. Depois foi falar, divulgar junto das pessoas, pois considero que esta é uma proposta inclusiva, engloba o concelho”.

Formada em Jornalismo, faz da vida uma compilação de pequenos prazeres, onde não falta a escrita, a leitura, a fotografia, a música. Viciada no verbo Ir, nada supera o gozo de partir à descoberta das terras, das gentes, dos trilhos e da natureza... também por isto continua a crer no jornalismo de proximidade. Já esteve mais longe de forrar as paredes de casa com estantes de livros. Não troca a paz da consciência tranquila e a gargalhada dos seus por nada deste mundo.

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