A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Médio Tejo afirma que “não há razões económicas, ambientais, de segurança e de coesão territorial que justifiquem a cobrança de portagens na A23 e na A13”, pelo que apela aos deputados da Assembleia da República para que decidam pela abolição das mesmas em sede de Orçamento de Estado de 2022.
Geridas pelas empresas privadas Ascendi e Globalvia, as portagens na A23 e A13 há muito que são contestadas, e nem o desconto feito pelo Governo – que se anunciou de 50% mas que na realidade não foi bem assim – e que entrou em vigor a 1 de julho de 2021 acalmou as reivindicações pela abolição das portagens.
A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Médio Tejo vem agora de novo dar voz a esta situação, defendendo em comunicado que “os prejuízos destas vias serem portajadas (agora acrescidos pela anulação do desconto de 50%, pelo aumento dos combustíveis e produtos básicos), recaem sobre as populações e as suas atividades”.
Esta comissão relembra ainda que estas vias são “fundamentais” no que toca ao acesso aos cuidados de saúde, naqueles que são os três hospitais que constituem o Centro Hospitalar do Médio Tejo (Abrantes, Tomar e Torres Novas).
Deste modo, a Comissão apela aos deputados para que decidam pela abolição das portagens na A23 e na A13 em sede de Orçamento de Estado de 2022.