A festa da Queima das Fitas da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes decorre de 27 a 29 de maio. Foto arquivo: mediotejo.net

Os dados do Concurso Nacional do Acesso ao Ensino Superior 2018, divulgados esta quarta-feira, dia 18, pelo Ministério da Ciência Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), indicam que a tendência dos estudantes do Médio Tejo é procurar o ensino superior da área metropolina de Lisboa, seguindo-se o da própria região. Entretanto, o Instituto Politécnico de Tomar vê aumentar o seu número de vagas este ano letivo.

As estatísticas acompanham a divulgação das vagas do ensino superior para o ano letivo 2018/2019, que reduziram em 5% nas instituições públicas sedeadas nos distritos de Lisboa e Porto (1103) e aumentaram os mesmos 5% nas instituições do resto do país (1430). Apenas os cursos nas áreas de Medicina, TICE – Tecnologias de Informação, Comunicações e Electrónica e Física não sofreram cortes nestes distritos.

“Dos 275 cursos que poderão ter redução de vagas, 85 não têm ofertas
similares no ensino privado na mesma cidade o que limita a temida
deslocação “massiva” para o ensino privado”, refere o MCTES.

No Médio Tejo, o Instituto Politécnico de Tomar vê aumentar com esta medida o seu número de vagas, de 477 para 501. Nos arredores também aumentam o Instituto Politécnico de Portalegre (511 para 537), o Instituto Politécnico de Castelo Branco (881 para 925), o Instituto Politécnico de Santarém (973 para 1022) e o Instituto Politécnico de Leiria (1900 para 1995).

Os cortes nas vagas nas grandes áreas metropolitanas devem-se à constatação da grande concentração de estudantes e vagas nesses meios, em detrimento de outras regiões do país. Apenas os estudantes estrangeiros parecem estar em minoria em Lisboa e Porto, que recebem apenas 16% dos novo contingente internacional, encontrando este lugar nas universidade do Algarve, Coimbra, Beira Interior e, sobretudo, Bragança.

A mesma informação do MCTES dá conta para onde se dirige o fluxo de alunos consoante a subregião (NUT3). No caso do Médio Tejo, 35% prefere a área metropolitana de Lisboa, mas os 16% seguintes ficam na própria região. Cerca de 13% deslocam-se para Coimbra e 10% para Leiria. Há ainda 5% que escolhem estabelecimentos de ensino superior públicos na subregião da Beira Baixa.

Em percentagens mais pequenas estão as zonas do Alentejo Central (2%), Alto Alentejo (1%), Algarve (1%), área metropolitana do Porto (2%), Lezíria do Tejo (4%), Beiras e Serra da Estrela (4%), Oeste (2%) e região de Aveiro (3%). Os dados estatísticos são relativos ao ano letivo 2015/2016.

 

Cláudia Gameiro, 32 anos, há nove a tentar entender o mundo com o olhar de jornalista. Navegando entre dois distritos, sempre com Fátima no horizonte, à descoberta de novos lugares. Não lhe peçam que fale, desenrasca-se melhor na escrita

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