O grau de “exigência” que será colocada à proteção civil da região é muito elevado pela coincidência da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e da Festa dos Tabuleiros, onde são aguardadas centenas de milhar de pessoas, com o período mais crítico de incêndios florestais. A equipa afirma estar a postos para meses que se antecipa serem de muito trabalho, com as novas e amplas instalações do Comando a merecerem elogios. David Lobato e João Pitacas, comandante e 2º comandante, orientaram a visita guiada.
VIDEO/VISITA AO CORAÇÃO DO COMANDO OPERACIONAL DO MÉDIO TEJO:
Segundo o comandante David Lobato, na fase máxima, Delta (01 de julho a 30 de setembro), o Médio Tejo contará com 148 operacionais e 48 veículos, só dos corpos de bombeiros, 16 equipas de sapadores florestais das várias associações (com 16 veículos e 71 elementos) e duas brigadas da CIM (com seis veículos e 30 elementos), sendo que seis veículos ligeiros de combate a incêndios, tripulados por 19 elementos, vão “guarnecer” os meios aéreos presentes em Ferreira do Zêzere (2) e no Sardoal (1).




No Sardoal está um helicóptero em permanência e outro em Ferreira do Zêzere, base que tem também um helicóptero pesado, existindo ainda um meio aéreo adicional à disposição da região, o da associação de produtores florestais Afocelca.
A GNR e a PSP estarão presentes, na parte da fiscalização e vigilância, com cerca de 54 elementos, contando a sub-região, no apoio ao combate, com três máquinas de rasto das câmaras municipais de Ferreira do Zêzere, Abrantes e Mação, com possibilidade de a que o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) tem em Santarém poder ser “puxada um pouco mais para cima” e de serem acionadas as que existem em Portalegre e Proença, além das que podem ser contratualizadas a particulares.
Tendo em conta a divisão do distrito de Santarém em dois comandos, do Médio Tejo e da Lezíria do Tejo, David Lobato afirmou que os meios para esta sub-região são praticamente idênticos aos de 2022.
Para David Lobato, o “único constrangimento” do fim do comando único distrital “é a capacidade de controlar mais meios”, mas salientou que os meios das outras sub-regiões “continuam lá” e podem ser mobilizados pelo comando regional.




Entre 01 de janeiro e 05 de junho deste ano, registaram-se 97 incêndios e arderam 11 hectares nos 11 municípios do Médio Tejo, sendo que, até 30 de junho, Ourém já contava com 25 incêndios, 10 dos quais intencionais.
Em 2022, em 292 ocorrências, arderam 8.066 hectares no Médio Tejo, a grande maioria dos quais no concelho de Ourém.