Foto: Paulo Jorge de Sousa

A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) foi pioneira na operacionalização da primeira brigada de sapadores florestais autorizada pelo governo, equipa que começou a ter formação na início deste mês de julho. Uma segunda brigada já se encontra no horizonte, com a confirmação de Miguel Pombeiro, Secretário Executivo desta comunidade intermunicipal, da preparação da candidatura ao concurso lançado no dia 5, para a criação de 30 equipas de sapadores florestais no território do continente.

A primeira brigada, formada por 15 operacionais, surgiu no seguimento do protocolo estabelecido entre a CIM Médio Tejo e a Associação de Agricultores dos concelhos de Abrantes, Constância, Sardoal e Mação e a AFLOMAÇÃO – Associação Florestal do Concelho de Mação. Duas associações da região, cujo “know-how” Miguel Pombeiro destaca e com as quais se desenvolveu o processo iniciado com a candidatura à formação da primeira brigada, no passado mês de fevereiro.

A aprovação surgiu em maio e as três equipas já se encontram a ter a formação em cinco módulos que abrangem temas como equipamentos, território e segurança e saúde no trabalho, entre outros. Segundo o Secretário Executivo da CIMT esta foi a primeira comunidade intermunicipal a operacionalizar uma brigada de sapadores e a possibilidade de existir uma segunda brigada já tinha sido abordada no Conselho Municipal da CIM Médio Tejo.

O reforço da prevenção dos incêndios florestais pode tornar-se mais significativo com o despacho publicado ontem em Diário da República, que determina a criação de 30 equipas de sapadores florestais no território do continente, e para o qual Miguel Pombeiro confirma que está a ser preparada uma candidatura. O concurso é estabelecido em dois lotes, encontrando-se as comunidades intermunicipais entre as entidades admissíveis para o primeiro.

Questionado pelo mediotejo.net sobre a decisão da CIM Médio Tejo em avançar para uma segunda Brigada, Miguel Pombeiro destaca que a mesma integra a atual “atitude perante os incêndios florestais”, associada a um investimento “muito significativo ao nível da prevenção”. Os custos associados a estas brigadas são partilhados pelo ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e pelos concelhos da região, no último caso através da comunidade intermunicipal.

O processo envolve diretamente o Gabinete Técnico Florestal Intermunicipal que trabalha em colaboração com os municípios no sentido de assegurar o desenvolvimento de um plano de intervenção com foco nas zonas onde o risco de incêndio é mais elevado.

Em resposta à questão se as duas novas brigadas são suficientes para as necessidades do Médio Tejo, Miguel Pombeiro responde que as três equipas já existentes nesta brigada, e as outras três que podem surgir no futuro na segunda brigada, se somam às de outras entidades, como as de associações florestais e de agricultores.

O número total, nota, representa um “incremento significativo em relação ao passado”.

Nasceu em Vila Nova da Barquinha, fez os primeiros trabalhos jornalísticos antes de poder votar e nunca perdeu o gosto de escrever sobre a atualidade. Regressou ao Médio Tejo após uma década de vida em Lisboa. Gosta de ler, de conversas estimulantes (daquelas que duram noite dentro), de saborear paisagens e silêncios e do sorriso da filha quando acorda. Não gosta de palavras ocas, saltos altos e atestados de burrice.

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