Foto: CM Mação

Mação vai ser um dos municípios-piloto para um projeto de investigação e ação que a Universidade Católica pretende levar a efeito tendo em conta o desenvolvimento sustentável nos territórios. O encargo representa 410 euros mensais por um ano de implementação do estudo no concelho. O executivo aprovou por unanimidade a Carta de Compromisso a estabelecer com o Centro de Estudos e Sondagens de Opinião desta universidade. No Médio Tejo, prevê-se que também Constância e Entroncamento integrem este primeiro grupo de autarquias-piloto no projeto.

O intuito é perceber tudo o que se tem desenvolvido no concelho “em termos sociais, económicos, empresariais, florestais, tudo aquilo que tem sido a nossa ação”, explicou Vasco Estrela, presidente da CM Mação.

Pretende-se “perceber até que ponto aquilo que temos vindo a fazer tem dado frutos, tendo em conta os resultados que temos obtido” ao passo que permitirá ainda “perspetivar para o futuro como é que, sem descurar os objetivos da autarquia” se poderá vir a otimizar os recursos disponíveis levando a uma ação “mais profícua” da parte do município.

O autarca reconheceu que existe uma grande vantagem pelo facto de estar presente durante um ano, no seu território, “uma assessoria que nos poderá dizer onde estamos a trabalhar melhor e onde estamos a trabalhar pior”, contando-se com envolvimento social dos vários atores do concelho e região, “no sentido de poder partilhar informação e recursos para atingir objetivos”.

Também o facto de Mação fazer parte “de um grupo de municípios muito diversificado, no sentido de garantir que as políticas que aqui são aplicadas são sustentáveis a curto, médio e principal a longo prazo” e entender o autarca que este aconselhamento poderá servir também como um “puxar de orelhas” para se perceber “se algumas coisas foram feitas de maneira menos correta”, justificam esta aprovação do executivo .

O projeto de sondagem de opinião funcionará, segundo Vasco Estrela, “através de auscultação das pessoas, das empresas, das associações, do cidadão anónimo, no sentido de perceber no sentido de perceber como a ação da câmara municipal se tem desenvolvido e como é possível tirar melhor partido dos recursos” e ainda “se faz sentido continuar a fazer tudo que tem sido feito ou pelo menos se faz sentido continuar a fazer desta maneira”.

Sobre o facto de ter sido Mação uma das autarquias-piloto escolhidas pela universidade, Vasco Estrela assume que “não explicaram em concreto a razão de ser Mação [um dos concelhos escolhidos], mas obviamente que tem muito a ver com domínios setoriais que eles consideram importantes para o desenvolvimento sustentável e para o futuro, nomeadamente na área da cultura, com o projeto do Museu, na área das florestas, na área social”.

Por um encargo de 410 mensais durante um ano, resultando num total de 4920 euros, o mínimo de 20 municípios fará parte deste estudo do desenvolvimento sustentável nos seus territórios.

No Médio Tejo, além de Mação, também Constância e Entroncamento se encontram nesta primeira listagem convocada pela Universidade Católica para a execução deste projeto.

O estudo do CESOP – Local tem por base a auscultação das forças vivas do concelho, de modo a encontrar estratégias que visem o desenvolvimento sustentável dos territórios mediante o conjunto de objetivos acima representados. Fonte: CESOP

“A fraca participação das pessoas na vida ativa das comunidades e a implementação no terreno de medidas de transição para a sustentabilidade são razões que consideramos oportunas e úteis para aprofundar e desenvolver estudos na área da participação e da
sustentabilidade em territórios administrativos”, lê-se na informação do CESOP (Centro de Estudos e Sondagens de Opinião) da Universidade Católica.

O CESOP-Local pretende com este projeto junto de um grupo de autarquias-piloto “criar um sistema de avaliação para autarquias que, envolvendo as suas partes interessadas permita, por um lado, elaborar uma análise holística ao seu desempenho e, por outro lado, antecipar estratégias e definir prioridades convergentes com a comunidade que representa”.

Formada em Jornalismo, faz da vida uma compilação de pequenos prazeres, onde não falta a escrita, a leitura, a fotografia, a música. Viciada no verbo Ir, nada supera o gozo de partir à descoberta das terras, das gentes, dos trilhos e da natureza... também por isto continua a crer no jornalismo de proximidade. Já esteve mais longe de forrar as paredes de casa com estantes de livros. Não troca a paz da consciência tranquila e a gargalhada dos seus por nada deste mundo.

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